Mundo

Palestinos protestam para defender Esplanada das Mesquitas

Centenas de palestinos participaram de uma passeata contra o que dizem ser uma agressão israelense à Mesquita de Al-Aqsa

Manifestantes denunciam restrições impostas pelas autoridades israelenses em nome da segurança (Mohammed Abed/AFP)

Manifestantes denunciam restrições impostas pelas autoridades israelenses em nome da segurança (Mohammed Abed/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 15h53.

Jerusalém - Centenas de palestinos participaram de uma passeata em Gaza nesta sexta-feira contra o que denunciam como uma agressão israelense à Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém.

Os manifestantes, convocados pelo Hamas, queimaram a bandeira de Israel durante a manifestação iniciada após as orações da sexta-feira.

Ismail Radwan, um líder do Hamas, organização islâmica radical que controla efetivamente a Faixa de Gaza, apelou "a nosso povo em Jerusalém e na Cisjordânia a defender Al-Aqsa".

Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado do Islã, depois de Meca e Medina, na Arábia Saudita.

A Esplanada na qual a mesquita está localizada em Jerusalém é palco recorrente de confrontos, mas que se tornaram mais regulares e violentos nos últimos meses, como resultado das tensões entre israelenses e palestinos e a guerra em Gaza.

Para os judeus, este é o local do segundo templo destruído no ano 70 pelos romanos.

O Muro das Lamentações, vestígio do segundo templo, fica abaixo da esplanada.

Os muçulamos estão autorizados a visitar a esplanada em certos momentos e sob estrita supervisão, mas não têm o direito de rezar no local.

Eles denunciam as restrições impostas pelas autoridades israelenses em nome da segurança.

Nesta sexta-feira, cerca de 5.000 fiéis muçulmanos participaram das orações realizadas sem incidentes, segundo um porta-voz da polícia israelense, Luba Samri. A polícia, no entanto, negou o acesso a homens com menos de 50 anos.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exigiu na segunda-feira o fim de "provocações" na Esplanada das Mesquitas, enquanto o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que Israel não mudará o "status quo" que rege a esplanada.

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseFaixa de GazaHamasIsraelPalestina

Mais de Mundo

Por que as inundações na Espanha deixaram tantos mortos?

Autoridades venezuelanas intensificam provocações ao governo Lula após veto no Brics

Projeto de energias renováveis no Deserto de Taclamacã recebe aporte bilionário da China

Claudia Sheinbaum confirma participação na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro