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Palestinos e soldados israelenses voltam a se enfrentar

O pelotão entrou no campo de refugiados, onde está sediada a Autoridade Palestiniana, para realizar "atividades operacionais"


	Confrontos: os soldados entraram em confronto com os jovens que atiraram pedras e garrafas
 (Mohamad Torokman / Reuters)

Confrontos: os soldados entraram em confronto com os jovens que atiraram pedras e garrafas (Mohamad Torokman / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2016 às 11h12.

Centenas de jovens palestinos enfrentaram nesta segunda-feira com pedras soldados israelenses que invadiram o campo de refugiados de Al-Amari, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

O ministério da Saúde palestino anunciou que 28 palestinos foram feridos a tiros, um na cabeça.

Por sua vez, os jornalistas indicaram que um soldado foi ferido por uma pedrada.

Um pelotão de soldados israelenses entrou nesta segunda-feira no campo de refugiados, situado às portas de Ramallah, onde está sediada a Autoridade Palestiniana, para realizar "atividades operacionais", de acordo com o exército.

Uma vez dentro das ruas estreitas do campo, os soldados entraram em confronto com os jovens que atiraram pedras e garrafas.

Os soldados responderam com gás lacrimogêneo e disparos de granadas de efeito moral.

Um porta-voz do exército israelense disse à AFP que "dezenas de agitadores atiraram pedras e explosivos artesanais contra os soldados", embora os jornalistas da AFP não tenham visto qualquer objeto incendiário.

Os confrontos duraram quase três horas, até que os soldados deixaram o campo, criado em 1949 para os palestinos expulsos de suas casas pela criação de Israel.

Na véspera, as forças de segurança israelenses mataram cinco palestinos que lançaram vários ataques contra soldados e policiais israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Desde o início de outubro, os ataques isolados lançados por palestinos, assim como os confrontos entre jovens palestinos lançadores de pedras e soldados israelenses, mataram 172 palestinos, 26 israelenses, um eritreu, um americano e um sudanês, segundo um balanço da AFP.

A maioria dos palestinos mortos são os autores ou supostos autores dos ataques contra civis ou membros das forças israelenses, principalmente com arma branca.

Os ataques com arma de fogo são pouco comuns e as autoridades israelenses anunciam quase diariamente a detenção de palestinos em posse de facas.

O dia de domingo foi marcado, no entanto, por dois ataques com armas de fogo.

O primeiro ocorreu durante a manhã pelas mãos de dois adolescentes de 15 anos no norte da Cisjordânia, enquanto outros dois palestinos lançaram o segundo ataque durante a tarde às portas da cidade velha de Jerusalém.

Nihad e Fuad Waked, dois palestinos de 15 anos sem parentesco direto, "lançavam pedras contra veículos" que circulavam perto de sua localidade de Araqa, a oeste da cidade de Yenin.

"Quando os soldados chegaram no local, um dos atacantes disparou contra eles e os soldados responderam com disparos" e os mataram, declarou um porta-voz do exército à AFP.

Pouco depois, entre Jerusalém e Belém, um palestino que havia tentado atacar um policial israelense a facadas foi abatido, anunciou a polícia.

O ministério da Saúde o identificou como Naim Safi, de 17 anos, originário de um povoado próximo a Belém, Cisjordânia.

Nenhum membro das forças de segurança ficou ferido nestes ataques, indicou a polícia.

No fim do dia, uma jovem palestina "tentou atacar com uma faca um policial em frente ao Túmulo dos Patriarcas" em Hebron, segundo a polícia israelense. A jovem, de 20 anos, foi baleada e transferida "a um hospital em estado crítico", segundo a polícia.

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