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Palestinos apresentarão pedido de adesão à ONU no dia 20 de setembro

"O trem palestino está a caminho de Nova York", disse o negociador Saeb Erakat

Saeb Erakat: 'O trem palestino está agora a caminho de Nova York' (AFP/Khaled Desouki)

Saeb Erakat: 'O trem palestino está agora a caminho de Nova York' (AFP/Khaled Desouki)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2011 às 16h13.

Ramala - O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, apresentará o pedido de adesão plena de um Estado da Palestina às Nações Unidas no dia 20 de setembro, declarou neste sábado à AFP o ministro palestino de Relações Exteriores, Riyad al Malki.

O presidente da Autoridade Palestina entregará "diretamente" a petição - qualificada de "gestão histórica" - ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, no dia de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, explicou Al Malki.

"O senhor Ban Ki-moon vai transmitir a solicitação ao presidente do Conselho de Segurança", acrescentou o chefe da diplomacia plestina, ressaltando que a Autoridade Palestina "quer apresentar o pedido em setembro, porque o Líbano ocupará então a presidência do Conselho de Segurança".

"Isto vai nos ajudar, porque o papel do presidente do Conselho de Segurança, que tem prerrogativas, é crucial", explicou o ministro palestino.

Os palestinos anunciaram no fim de julho sua intenção de pedir ao Conselho de Segurança a adesão de seu Estado à ONU em setembro, e excluíram uma retomada das negociações com Israel antes da realização da Assembleia Geral anual das Nações Unidas.

"O trem palestino está agora a caminho de Nova York", declarou recentemente à AFP o negociador palestino, Saeb Erakat.

Os palestinos querem obter a adesão plena à ONU e o reconhecimento da Palestina nas fronteiras de 4 de junho de 1967, antes da Guerra dos Seis dias, ou seja, a totalidade da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e de Jerusalém Oriental, que seria a capital.

No entanto, o pedido palestino enfrenta a negativa dos Estados Unidos, que ameaçam utilizar seu poder de veto no Conselho de Segurança.

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