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Palestina faz greve geral contra Lei da Nacionalidade aprovada por Israel

Greve foi convocada em um primeiro momento pelo setor árabe-israelense para protestar contra a legislação, que consideram discriminatória

Gaza, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e cidades árabes em Israel amanheceram nesta segunda-feira paradas devido a uma greve (Mohammed Salem/Reuters)

Gaza, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e cidades árabes em Israel amanheceram nesta segunda-feira paradas devido a uma greve (Mohammed Salem/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de outubro de 2018 às 09h33.

Última atualização em 1 de outubro de 2018 às 09h34.

Ramala/Gaza - Gaza, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e cidades árabes em Israel amanheceram nesta segunda-feira com a maioria de seus comércios e serviços fechados por conta da greve convocada em protesto contra a Lei da Nacionalidade aprovada por Israel, a política dos Estados Unidos em relação à Palestina e a demolição prevista da aldeia cisjordaniana de Khan al Ahmar.

Em Ramala, na Faixa de Gaza e em Jerusalém Oriental a adesão à paralisação no início da manhã foi muito ampla, embora alguns comércios tenham aberto suas portas após algumas horas na Cidade Velha, na parte oriental ocupada da cidade santa.

Em Gaza, colégios, universidades, bancos, ministérios, instituições e lojas se mantiveram fechados.

Na área árabe de Israel a adesão é difícil de medir, já que hoje é feriado nacional no país por conta da festividade judaica de Sucot, ou Festa dos Tabernáculos.

A greve foi convocada em um primeiro momento pelo setor árabe-israelense (palestinos que ficaram em Israel após o nascimento do país, em 1948) para protestar contra a legislação, que consideram discriminatória, e mais tarde foi apoiada por todas as facções nos territórios palestinos, que anunciaram que também fariam a paralisação em solidariedade à aldeia beduína e contra a política dos EUA sobre a Palestina.

A Lei da Nacionalidade, aprovada pelo Parlamento de Israel em julho, estabelece que o exercício do direito de autodeterminação no país é exclusivo do povo judeu, excluindo os cidadãos árabes, que representam 21% da população, e também retira o árabe da categoria de língua co-oficial.

"A greve representa a indignação do povo com as políticas israelenses e americanas contra a causa palestina e para rejeitar a Lei da Nacionalidade judaica e o chamado pacto do século (plano de paz preparado Washington)", disse à Agência EFE em Ramala Isaam Baker, porta-voz do comitê que convocou a greve na Cisjordânia.

Esta tarde "pode haver uma manifestação, mas não é certeza pela falta de transporte devido à greve", acrescentou Baker. EFE

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