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Países têm desavenças sobre Síria; Rússia pede ataque ao EI

As principais potências mundiais tiveram dificuldades para conciliar as divergências entre a Rússia e o Ocidente sobre como encerrar a guerra na Síria


	Jihadista do Estado Islâmico agita a faca momentos antes de executar jornalista americano
 (Ho/AFP)

Jihadista do Estado Islâmico agita a faca momentos antes de executar jornalista americano (Ho/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 21h45.

A França desafiou a Rússia a basear suas palavras em ações no que diz respeito ao combate aos militantes do Estado Islâmico na Síria, enquanto as principais potências mundiais tiveram dificuldades nesta terça-feira para conciliar as divergências entre Moscou e o Ocidente sobre como encerrar a guerra civil no país do Oriente Médio.

Após o presidente russo, Vladimir Putin, que enviou aviões de guerra e tanques em apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad, ter pedido pela formação de uma nova coalizão de combate ao Estado Islâmico, diplomatas passaram a perseguir novas maneiras de consolidar uma nova frente para lutar contra os militantes.

Entre as ideias sugeridas em conversas paralelas durante a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, estiveram a de unir nas negociações um pequeno grupo de potências mundiais, modelo bem-sucedido nas conversas nucleares com o Irã concluídas em 14 de julho, ou de reavivar um mecanismo de paz da ONU mais abrangente.

“O que é mais importante no combate ao Estado Islâmico não é o ataque midiático, é o ataque real”, disse o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, em resposta às declarações feitas por Putin durante a cúpula de líderes mundiais, na segunda-feira.

Fabius disse que os russos “falam muito, mas até onde eu posso dizer, não comprometeram nenhum avião contra o Estado Islâmico”, acrescentou.

“Se a Rússia é contra os terroristas, não é anormal que lance ataques contra eles.” Uma coalizão liderada pelos EUA tem bombardeado alvos do Estado Islâmico na Síria há cerca de um ano, enquanto uma coalizão separada, composta por alguns dos mesmos países, ataca os militantes no vizinho Iraque.

Os militantes controlam grandes áreas de ambos os países, explorando o caos criado pela guerra civil na Síria iniciada há quatro anos, quando Assad conduziu uma repressão a protestos contra seu governo.

Representantes de países ocidentais têm questionado se os objetivos da Rússia na Síria dizem menos respeito ao combate aos militantes do que ao fortalecimento da presença de Moscou como uma potência na região através do fortalecimento de Assad. Putin disse à Assembleia-Geral da ONU que Assad deve fazer parte da coalizão que luta contra o Estado Islâmico.

Washington e seus aliados indicaram que Assad pode permanecer no poder a curto prazo, mas que seria essencial uma transição de regime na qual ele não teria papel duradouro. “Bashar tem sido classificado pela ONU como um criminoso contra a humanidade. Como se pode imaginar os sírios voltando se dizemos a eles que seu futuro passa por Assad?”, disse Fabius.

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