Mundo

Países reconhecem Jerusalém como capital do Estado da Palestina

Reconhecimento foi feito pelos países da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), integrada por 57 nações de maioria muçulmana

Palestina: organização inclui a Palestina como membro pleno, com sua capital em Jerusalém, desde sua fundação em 1969 (Ammar Awad/Reuters)

Palestina: organização inclui a Palestina como membro pleno, com sua capital em Jerusalém, desde sua fundação em 1969 (Ammar Awad/Reuters)

E

EFE

Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 13h21.

Última atualização em 13 de dezembro de 2017 às 13h25.

Istambul - Os países da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) acordaram nesta quarta-feira reconhecer Jerusalém Oriental como capital do Estado da Palestina e convidaram as outras nações a fazer o mesmo, em resposta à decisão dos EUA de declarar Jerusalém como capital de Israel.

"Declaramos Jerusalém Oriental como capital do Estado da Palestina e convidamos todos os países a reconhecer o Estado da Palestina com Jerusalém Oriental como sua capital ocupada", indica a minuta da declaração preparada nesta quarta-feira em Istambul por esta organização, formada por 57 países de maioria muçulmana.

A OCI, formada por 57 países de maioria muçulmana, inclui desde sua fundação em 1969 a Palestina como membro pleno, com sua capital em Jerusalém.

O documento, apresentado pelos "reis, chefes de Estado e de Governo dos Estados membros da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI)", apresenta em 23 pontos a postura do mundo muçulmano perante a decisão dos EUA.

Nesse texto, a OCI "rejeita e condena nos mais fortes termos" o que chama de "decisão unilateral" de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, à qual se refere como "força de ocupação".

Os países muçulmanos qualificam o anúncio de Washington de nulo e carente de legalidade e o considera um ataque aos direitos do povo palestino e uma "deliberada deterioração de todos os esforços de paz".

Além disso, o texto alerta que dará ímpeto aos movimentos extremistas e representa uma ameaça à paz e à segurança internacional.

Segundo um comunicado publicado pela OCI, a declaração final pedirá também aos membros da organização que imponham "restrições políticas e econômicas aos Estados, altos cargos, Parlamentos, empresas e indivíduos que reconheçam a anexação israelense de Jerusalém ou colaborem com as medidas que a colonização israelense tenta perpetuar em territórios palestinos ocupados".

O comunicado também considera o Governo americano "plenamente responsável por qualquer repercussão" da "decisão ilegal" de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, "que considera" uma clara deserção do Governo americano de seu papel como mediador de paz".

Além disso, a minuta da declaração pede a todos os membros da OCI que aumentem o apoio diplomático e sobretudo econômico à Palestina e a seus habitantes.

Acompanhe tudo sobre:IsraelJerusalémMuçulmanosPalestina

Mais de Mundo

Eleições na Romênia agitam país-chave para a Otan e a Ucrânia

Irã e Hezbollah: mísseis clonados alteram a dinâmica de poder regional

Ataque de Israel ao sul do Líbano deixa um militar morto e 18 feridos

Trump completa escolha para altos cargos de seu gabinete com secretária de Agricultura