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Países reabrem apesar de temor global de segunda onda de coronavírus

Alerta mundial se deu depois que a Alemanha relatou que a doença voltou a se espalhar com rapidez após as primeiras medidas para amenizar o isolamento

Coronavírus: A chanceler alemã, Angela Merkel, alegou diversas vezes que a taxa de reprodução do coronavírus precisa ser mantida abaixo de 1 para impedir que o sistema de saúde fique sobrecarregado (Noel Celis/AFP)

Coronavírus: A chanceler alemã, Angela Merkel, alegou diversas vezes que a taxa de reprodução do coronavírus precisa ser mantida abaixo de 1 para impedir que o sistema de saúde fique sobrecarregado (Noel Celis/AFP)

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Reuters

Publicado em 11 de maio de 2020 às 17h06.

O mundo acionou o alarme para alertar para uma possível segunda onda de infecções do coronavírus nesta segunda-feira (11) depois que a Alemanha relatou que a doença voltou a se espalhar com rapidez poucos dias após suas primeiras medidas tímidas para amenizar o isolamento.

A notícia de que a "taxa de reprodução" – o número de pessoas que cada doente infecta – voltou a subir para 1,1 na Alemanha ofuscou a reabertura de negócios nesta segunda-feira, que foi de cabeleireiros de Paris à Disneylândia de Xangai. Uma taxa que permanece acima de 1 significa que o vírus está se disseminando exponencialmente.

A Alemanha está sendo observada atentamente por todo o mundo por ser o grande país europeu mais bem-sucedido na contenção do vírus, graças a um programa de exames de larga escala. A chanceler, Angela Merkel, disse diversas vezes que a taxa de reprodução precisa ser mantida abaixo de 1 para impedir que o sistema de saúde fique sobrecarregado.

O temor de que uma segunda onda de infecções detenha a reativação da economia global ajudou a derrubar os preços das ações em todo o mundo, revertendo ganhos anteriores.

No mês passado, os investidores apostaram alto em uma recuperação econômica rápida, apesar dos piores dados vistos em qualquer época recente. Isso criou um descompasso entre mercados de ação em disparada e as economias em queda livre que estes deveriam refletir.

Na Europa, os países mais duramente atingidos, Espanha e França, adotaram grandes medidas para suavizar seus isolamentos, e o Reino Unido divulgou ações cautelosas que críticos disseram ter enviado mensagens confusas.

A Alemanha revelou seus planos de reabertura na semana passada. Lojas menores já ergueram as portas, e se espera que restaurantes e cafés o façam em breve.

Na Coreia do Sul, que praticamente evitou um isolamento graças a exames em massa e um programa de rastreamento de contatos no início da crise, as autoridades estão se apressando para conter um novo surto ligado a clubes noturnos de Seul.

Já a Nova Zelândia, que conteve as infecções com um dos isolamentos mais precoces e rígidos, disse que abrirá shopping centers, cafés e cinemas nesta semana.

Mas alguns dos países e territórios que estão reativando suas economias não estão esperando quedas prolongadas do surto. A Rússia só está atrás de Estados Unidos e Espanha em número de casos, mas seu presidente, Vladimir Putin, anunciou planos para relaxar as medidas nacionais de isolamento a partir de terça-feira.

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