Mundo

Países querem que China pressione mais a Coreia do Norte

Enviados da Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos pediram a China que fizesse uso de sua influência sobre o regime liderado por Kim Jong-un

Representantes dos três países citados pediram "contenção" para evitar uma escalada militar (Toru Yamanaka/Reuters)

Representantes dos três países citados pediram "contenção" para evitar uma escalada militar (Toru Yamanaka/Reuters)

E

EFE

Publicado em 25 de abril de 2017 às 11h23.

Tóquio - Os representantes de Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos nas negociações para a desnuclearização da península coreana pediram nesta terça-feira que a China aumente sua pressão sobre o regime norte-coreano com o objetivo de conter o desenvolvimento de seus programas armamentistas.

Em uma reunião realizada hoje em Tóquio, os enviados dos três países pediram a Pequim, principal aliado diplomático e parceiro comercial da Coreia do Norte, que fizesse uso de sua influência sobre o regime liderado por Kim Jong-un para acabar com os testes nucleares e de mísseis em um momento de máxima tensão na região.

Os participantes da reunião, o sul-coreano Kim Hong-kyun, o japonês Kenji Kanasugi e o americano Joseph Yun, também concordaram em "coordenar todas as ações diplomáticas, militares e econômicas" frente à Coreia do Norte, segundo as declarações feitas por eles à imprensa após o encontro.

Os representantes dos três países citados pediram "contenção" para evitar uma escalada militar e apostaram em "incrementar o poder de dissuasão" frente ao regime norte-coreano, indicou Kanasugi em declarações divulgadas pela agência japonesa "Kyodo".

As três partes conversaram sobre a possibilidade de "empreender ações punitivas" contra a Coreia do Norte, caso este país "faça novas provocações", disse, por sua vez, o enviado sul-coreano.

Paralelamente a esta reunião, responsáveis do governo japonês se reunirão a partir de hoje, até a próxima sexta-feira, com o enviado especial de Pequim para a desnuclearização da península coreana, Wu Dawei, para tratar da situação na região, segundo anunciou o Ministério de Relações Exteriores do Japão.

O governo americano pediu diversas vezes a Pequim que exercesse maior pressão diplomática sobre a Coreia do Norte e uma aplicação mais severa das sanções da ONU, estas últimas aprovadas no ano passado depois que o exército norte-coreano realizou dois testes nucleares em um período de apenas sete meses.

A tensão permanece em níveis máximos na região desde que a Coreia do Norte realizou novos testes de mísseis no início e em meados deste mês, e diante das previsões de alguns especialistas de que o país asiático poderia realizar outro teste nuclear.

Washington, por sua vez, anunciou o envio de um porta-aviões nuclear aos mares próximos da península da Coreia, em resposta aos testes armamentistas norte-coreanos, e indicou que todas as opções estão sobre a mesa, inclusive a militar, para lidar com o regime Juche (ideologia desenvolvida pelo fundador do país - Kim Il-sung - que defende sua autossuficiência).

Está previsto que o porta-aviões, o USS Carl Vinson, se aproxime da Coreia junto com sua frota de ataque no final desta semana para realizar manobras que também contarão com forças de Japão e Coreia do Sul. No entanto, o regime norte-coreano advertiu que responderia "com ações mortais" a qualquer provocação dessa frota.

Acompanhe tudo sobre:ChinaCoreia do NorteCoreia do SulEstados Unidos (EUA)Japão

Mais de Mundo

Colômbia impõe tarifas aos EUA após Trump sancionar país por rejeitar aviões com deportados

Rússia anuncia captura da cidade de Velyka Novosilka, no Leste da Ucrânia

Petro oferece o avião presidencial para retorno de migrantes dos EUA e convoca a Celac

Trump ordena impor tarifas de 25% à Colômbia por rejeitar dois voos de deportação