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Países que venceram covid-19 estão vendo casos ressurgirem, alerta OMS

A Coreia do Sul disse pela primeira vez que está às voltas com uma "segunda onda" de infecções de coronavírus nos arredores de Seul

Representante da OMS: instituição alerta para novas ondas de covid-19 em locais que tinham acabado com a doença (Christopher Black/OMS/Reuters)

Representante da OMS: instituição alerta para novas ondas de covid-19 em locais que tinham acabado com a doença (Christopher Black/OMS/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de junho de 2020 às 21h45.

Muitos países que tiveram sucesso no enfrentamento do coronavírus estão testemunhando um aumento de casos devido a aglomerações religiosas ou de lazer, ou em locais fechados, como clubes noturnos ou dormitórios, desde que relaxaram as restrições, disseram autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira.

Também nesta segunda-feira, a Coreia do Sul disse pela primeira vez que está às voltas com uma "segunda onda" de infecções nos arredores de Seul, provocada por surtos pequenos, mas persistentes, resultantes de um feriado comemorado em maio.

"Neste momento, há muitos países que tiveram sucesso em suprimir a transmissão e colocar a transmissão de pessoa a pessoas em um nível baixo que estão começando a ver um aumento de casos", disse Maria Van Kerkhove, epidemiologista e principal autoridade técnica da OMS para a pandemia, citando a Coreia do Sul como uma delas.

Ela não chegou a falar em uma "segunda onda".

"Qualquer oportunidade que o vírus tiver de se instalar, ele aproveitará", disse ela, fazendo um apelo aos países para "darem tudo de si" para isolar tais casos para evitar uma nova transmissão comunitária.

Mike Ryan, o principal especialista em emergências da OMS, disse que parece terem surgido focos novos ligados a clubes, abrigos e parques de diversão na Coreia do Sul, mas que o número de casos em geral está "muito, muito estável ou até diminuindo" e elogiou a abordagem de Seul.

"Meu entendimento é que a grande maioria dos casos sendo detectados está ligada a focos existentes e reconhecidos, e sendo assim as autoridades sul-coreanas ainda têm grande visibilidade de onde o vírus está e da dinâmica dentro da qual as cadeias estão transmitindo", disse.

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