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Países que apoiam oposição expandiram terrorismo, diz Síria

O ministro de Relações Exteriores da Síria acusou os países que financiaram os grupos de oposição em seu país de terem contribuído para expandir o terrorismo


	Ministro das Relações Exteriores da Siria, Walid Muallem: "diálogo entre sírios é a solução, mas enquanto existam países que financiam terroristas não haverá êxito", disse
 (Sergei Karpukhin/Reuters)

Ministro das Relações Exteriores da Siria, Walid Muallem: "diálogo entre sírios é a solução, mas enquanto existam países que financiam terroristas não haverá êxito", disse (Sergei Karpukhin/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 08h43.

Montreux - O ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, acusou nesta quarta-feira os países que financiaram os grupos de oposição em seu país de terem contribuído para "expandir o terrorismo".

"O diálogo entre sírios é a solução para o atual conflito, mas enquanto existam países nesta reunião que estão financiando grupos terroristas ela não terá êxito", afirmou.

Em seu discurso na inauguração da conferência de paz para a Síria, Muallem se dirigiu à delegação opositora, representada pela Coalizão Nacional Síria (CNFROS), para dizer que a comitiva não era representativa por ter fracassado no objetivo de unir a oposição.

O ministro negou a existência de uma "oposição moderada" e acusou os membros do Exército Livre da Síria de serem "mercenários, que sequestram civis em troca de resgates, extorquem os pobres e os usam como escudos humanos".

"Tudo isto se faz com as armas fornecidas por países representados aqui, que apoiam supostos grupos moderados", disse o chefe da delegação síria que, a partir de sexta-feira, iniciará negociações com a CNFROS.

Muallem afirmou que os países ocidentais sabem que "sob o pretexto de apoiar esses grupos, a Al Qaeda e suas filiadas estão sendo armadas na Síria, no Iraque e em outros países da região".

O chanceler sírio chegou a protagonizar uma leve discussão com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que o interrompeu quando seu discurso já durava mais de 20 minutos e pediu para encerrá-lo.

Muallem se negou dizendo tinha feito uma longa viagem em avião, de doze horas, e pediu mais tempo, mas Ban Ki-moon respondeu afirmando que sua atitude não era construtiva.

O ministro, no entanto, continuou seu discurso. Dez minutos depois voltou a ser interrompido pelo secretário-geral da ONU, que novamente pediu para Muallem interrompesse sua fala, o que o representante do governo sírio fez pouco depois.

*Atualizada às 09h43 do dia 22/01/2014

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