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Países preparam segundo exercício de alertas sobre tsunami

Documento de apresentação do simulacro explica que 'os eventos recentes, como no Haiti e Chile em 2010, e Japão em 2011, serviram como exemplos para um planejamento'


	Em março de 2011, foi realizado o primeiro simulacro de tsunami na Bacia do Caribe
 (Wikimedia Commons)

Em março de 2011, foi realizado o primeiro simulacro de tsunami na Bacia do Caribe (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2013 às 16h26.

Manágua - Pelo menos 39 países e territórios da Bacia do Caribe realizarão no dia 20 de março a segunda simulação de tsunami, que servirá para revisar os procedimentos de resposta perante uma eventual onda gigante, informou neste domingo o Instituto Nicaraguense de Estudos Territoriais (Ineter).

'Para avaliar e melhorar as capacidades no alerta de tsunamis na Bacia do Caribe, se desenvolverá no mês de março um simulacro de alerta de tsunami, um exercício conhecido como 'Caribe Wave/Lantex 2013'', precisa um breve comunicado do Ineter.

O exercício é organizado pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI), braço da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Em março de 2011, foi realizado o primeiro simulacro de tsunami na Bacia do Caribe.

A COI espera que, com este exercício, a região esteja pronta para alertar as 160 milhões de pessoas que moram na região, divididas em 39 países e territórios, sobre qualquer tsunami.

O simulacro consistirá na emissão de um aviso do Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico (PTWC, por seu sigla em inglês) em direção aos pontos focais do Caribe, localizados em Porto Rico, Nicarágua e Venezuela, desde onde se divulgará o alerta em dez minutos ou menos, segundo o manual da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (IOC).

O alerta será manuseado unicamente pelos escritórios de emergência de cada país.

O cenário previsto é o de um tsunami ocorrido por um terremoto de magnitude 8,5 na escala Richter, sob o mar Caribe, registrado às 11h02 (horário de Brasília), em 20 de março entre Aruba e Venezuela.

As primeiras ondas alcançariam as costas dos países mais próximos em uma hora. Duas horas depois, se aproximariam do litoral da América Central, impactando primeiro em Puerto Carreto, oriente do Panamá, segundo os cálculos do Grupo Intergovernamental de Coordenação perante Tsunamis e outras Ameaças (ICG/CARIBE EWS).


O documento de apresentação do simulacro explica que 'os eventos recentes, como na Índia em 2004, Samoa em 2009, Haiti e Chile em 2010, e Japão em 2011, serviram como exemplos para um adequado planejamento para a resposta de tsunami'.

A ameaça de tsunamis na região se deve especialmente aos choques entre as placas tectônicas da América do Norte, América do Sul, Nasça, Cocos e Caribe.

O Centro Nacional de Dados Geográficos (NGDC) dos Estados Unidos, registrou 75 tsunamis de mais de um metro de altura nos últimos 500 anos.

Dados do ICG/CARIB EWS indicam que 'desde 1842, pelo menos 3.510 pessoas perderam a vida por causa dos tsunamis no Caribe'. EFE

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