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Países do Brics defendem mudanças no FMI

Em declaração, os cinco países cobraram a revisão geral das cotas do FMI, sem atrasos


	Cerimônia de abertura da VI cúpula dos BRICS, em Fortaleza: grupo defende a implantação de reformas no FMI
 (Nelson Almeida/AFP)

Cerimônia de abertura da VI cúpula dos BRICS, em Fortaleza: grupo defende a implantação de reformas no FMI (Nelson Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 14h39.

Fortaleza - Os representantes dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) defenderam a implementação de reformas do Fundo Monetário Internacional (FMI), para modernizar a estrutura de governança do órgão e refletir melhor o peso das economias emergentes. Na Declaração de Fortaleza, documento resultante da 6ª Reunião de Cúpula do Brics, realizada ontem (15) em Fortaleza, os cinco países cobraram a revisão geral das cotas do FMI, sem atrasos.

Após a reunião, a presidente Dilma Rousseff também defendeu a reforma das cotas, com o cumprimento dos acordos firmados pelo G20, que previam a reforma do FMI e do Banco Mundial. Segundo ela, as modificações nas cotas poderiam garantir que essas entidades refletissem o real poder das economias emergentes.

A presidente destacou que a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, que irá financiar projetos dos países do Brics, não é uma resposta à falta de reforma do FMI. “É uma resposta às nossas necessidades. Acredito que, mesmo com a criação do banco do Brics, fica ainda colocada na pauta a mudança das cotas, que é importante para dar sustentação e legitimidade a uma instituição multilateral, que é o Fundo Monetário”, disse.

Outro tema abordado pelos líderes do Brics na declaração final do evento é a necessidade de reforma no Conselho de Segurança da ONU, para torná-lo mais representativo, eficaz e eficiente. “China e Rússia reiteram a importância que atribuem ao status e papel de Brasil, Índia e África do Sul em assuntos internacionais e apoiam sua aspiração de desempenhar um papel maior nas Nações Unidas”, diz o documento.

Sobre esse assunto, a presidente Dilma ressaltou que a resolução de conflitos regionais evidenciam a necessidade de o Conselho de Segurança ser um órgão de maior representatividade. “Nós afirmamos a paz, a necessidade de priorizar o diálogo como forma de garantir a resolução de conflitos e consideramos que o melhor padrão é primeiros seguir as regras das Nações Unidas, respeitar o direito internacional e agir dentro desse marco.”

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