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Países em desenvolvimento têm 98% dos famintos do mundo

Apenas China e Índia, que são membros dos emergentes mais promissores, os Brics, concentram 40% dos subnutridos

O presidente Lula durante evento da FAO: meta da ONU é reduzir em 20% o total de pessoas que passam fome no mundo até 2015 (Wikimedia Commons)

O presidente Lula durante evento da FAO: meta da ONU é reduzir em 20% o total de pessoas que passam fome no mundo até 2015 (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - A fome no mundo está concentrada em 98% dos casos em países em desenvolvimento. Pelos dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e do Programa Alimentar Mundial (PAM), mais de 40% das pessoas subnutridas vivem apenas na Índia e na China. O Brasil foi apontado como um país que avança positivamente no combate à fome, ao executar ações efetivas.

O relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (cuja sigla em inglês é Sofi) informa que dois terços das pessoas desnutridas no mundo estão em Bangladesh, na China, na República Democrática do Congo, na Etiópia, na Índia, na Indonésia e no Paquistão. Dos 925 milhões de famintos, 578 milhões vivem na Ásia e no Pacífico.

Ao contrário do movimento mundial que aponta para redução da fome, na Ásia há uma tendência de crescimento. Comparando os dados de 2009 e 2010 houve um aumento de 30% dos registros de pessoas consideradas famintas nessas regiões. Os especialistas afirmam que depois da Ásia, a região considerada com mais problemas de desnutrição é a África.

A FAO e o PMA informaram que, pela primeira vez, em 15 anos houve uma redução no número de famintos no mundo. No ano passado, havia 1,023 bilhão de pessoas neste grupo, registrando queda de 9,6% no total de pessoas que passam fome. Mas o alerta é mantido, pois a cada seis segundos uma criança morre no mundo em consequência de doenças provocadas pela desnutrição.

A meta, fixada pelos países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU), é reduzir em 20% o total de pessoas que passam fome no mundo até 2015. A ideia é diminuir de 925 milhões para 400 milhões nos próximos cinco anos.

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