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Países da UE cogitam criar tribunal internacional para julgar jihadistas

A ministra francesa de Justiça informou que falta a garantia de que nenhuma das pessoas julgadas seria condenada à morte

Estado Islâmico: 11 cidadãos foram condenados à morte na França nas últimas semanas por filiação ao EI (Masrat Zahra/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Estado Islâmico: 11 cidadãos foram condenados à morte na França nas últimas semanas por filiação ao EI (Masrat Zahra/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

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EFE

Publicado em 6 de junho de 2019 às 12h46.

Paris — Vários países europeus cogitam a possibilidade de criar um tribunal internacional para julgar os combatentes jihadistas detidos na Síria e no Iraque, afirmou nesta quinta-feira a ministra francesa de Justiça, Nicole Belloubet.

"É uma hipótese contemplada em nível europeu, embora para poder se concretizar seria preciso resolver diversos empecilhos e levaria tempo", disse Nicole em entrevista à emissora de rádio "RMC".

Nicole informou que "seis ou sete" países, entre os quais citou França, Alemanha, Itália e Espanha, foi constituído em um grupo, batizado de "Vendome", que trabalha sobre a ideia de um "tribunal internacional que poderia atuar no Iraque com juízes europeus, franceses e iraquianos".

A ministra disse faltaria "o acordo" das autoridades locais para sua criação e que seria preciso oferecer a garantia de que nenhuma das pessoas julgadas seria condenada à morte.

Esta é uma questão espinhosa para a França, porque 11 cidadãos foram condenados à morte nas últimas semanas por filiação ao grupo terrorista Estado Islâmico.

Nicole insistiu que para a França "não é aceitável que sejam executados e há discussões em andamento para evitar tal fato com as autoridades iraquianas, que conhecem perfeitamente nossas posições".

A ministra lembrou que esses franceses foram "voluntariamente" lutar com grupos jihadistas e que, por isso, não exclui que sejam julgados lá.

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