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Paim admite que mínimo de R$ 560 não passará

Ciente da maioria governista no Senado, Paulo Paim reconhece que "a possibilidade de aprovar sua emenda é zero"

O senador Paulo Paim (centro) disse que não foi "enquadrado" pelo PT (José Cruz/ABr)

O senador Paulo Paim (centro) disse que não foi "enquadrado" pelo PT (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 18h33.

Brasília - O senador Paulo Paim (PT-RS), dissidente declarado na bancada petista contra a proposta do governo que reajusta o salário mínimo para R$ 545, reafirmou hoje que não desistiu de apresentar emenda antecipando 2,75% do aumento previsto para 2012. Essa antecipação eleva o mínimo para R$ 560, valor defendido pelas centrais sindicais. Paim ressalvou, entretanto, que só apresentará a emenda após debater o assunto com a bancada em reunião convocada para amanhã.

No entanto, Paim reconhece que "a possibilidade de aprovar sua emenda é zero", diante da maioria governista no Senado. Ele acredita que a proposta do governo que reajusta o salário para R$ 545 será aprovada sem dificuldades. Porém, o senador defende o caráter "emblemático" de seu voto contrário, lembrando que foi relator da política de reajuste do salário mínimo na comissão mista e que defende a causa há anos.

A bancada do PT no Senado se reúne amanhã, às 13 horas, com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, para debater a votação do salário mínimo, agendada para quarta-feira. Logo depois, a partir das 16 horas, Paim comandará uma reunião com dirigentes das centrais sindicais e da Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (Cobap), a fim de discutir sua emenda, defendendo a antecipação do aumento.

Decreto

Paim ressalta, ainda, que votará com o governo na emenda apresentada pelo PSDB contra o dispositivo que autoriza o Planalto a reajustar o valor do mínimo por decreto nos próximos quatro anos. Segundo o gaúcho, se o projeto de lei garantir a aplicação, até o fim do governo Dilma Rousseff, da fórmula de reajuste em vigor - inflação do ano anterior mais o PIB de dois anos atrás -, isso é o que importa, e não o procedimento para o aumento, se por meio do Congresso ou decreto do Executivo.

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