Mundo

Pai que abandonou bebê já tem 22 condenações por abuso

O homem, de 56 anos, foi sentenciado em 1997 a três anos de prisão por molestar duas meninas, de 7 e 10 anos de idade, no início da década de 1980


	Bebê: tailandesa que serviu de barriga de aluguel os acusou de terem levado a menina e abandonado seu irmão gêmeo, que nasceu com síndrome de Down
 (AFP)

Bebê: tailandesa que serviu de barriga de aluguel os acusou de terem levado a menina e abandonado seu irmão gêmeo, que nasceu com síndrome de Down (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 07h23.

Sydney, Austrália - O pai do bebê com síndrome de Down supostamente abandonado na Tailândia foi condenado em 22 ocasiões por crimes relacionados com o abuso de menores, revelam vários documentos da justiça australiana divulgados nesta quinta-feira pela imprensa do país.

O homem, de 56 anos, foi sentenciado em 1997 a três anos de prisão por molestar duas meninas, de 7 e 10 anos de idade, no início da década de 1980.

As vítimas, que sofreram abuso quando visitavam a casa do homem, o denunciaram depois de adultas e conseguiram que o pedófilo fosse condenado por 18 acusações.

Segundo a sentença, o sujeito "roubou a infância" das vítimas, que sofreram problemas emocionais por causa do incidente.

Um mês depois de sua entrada na prisão, foram apresentadas novas acusações contra o australiano por assédio a uma menor de 13 anos em meados dos anos 1990.

O júri o considerou culpado de quatro acusações e o condenou a 18 meses de prisão.

O escândalo envolvendo o bebê abandonado na Tailândia começou quando a tailandesa Pattaramon Chanbua, que serviu de barriga de aluguel para o casal australiano, os acusou de terem levado uma menina em boas condições de saúde e abandonado seu irmão gêmeo, o bebê Gammy, que nasceu com síndrome de Down e problemas cardíacos.

O casal, que vive na cidade de Bunbury, ao sul de Perth (a maior cidade do oeste australiano), foi identificado por um amigo da família que pretendia defender a versão dos mesmos e acusou a mãe tailandesa de estar "mentindo".

Os serviços sociais da Austrália Ocidental tentaram visitar a casa do casal para comprovar os cuidados que a menina recém-adotada vem recebendo e abriram uma investigação.

Pattaramon, que declarou que o casal lhe ofereceu 16 mil dólares australianos (US$ 14.898) para ser barriga de aluguel, pediu que a menina fosse devolvida depois que soube do histórico de abuso de menores do pai adotivo.

O caso criou uma grande polêmica na sociedade da Austrália, onde as autoridades vêm intensificando o cerco sobre as agências que contratam barrigas de aluguel na Tailândia e, inclusive, fechou várias delas.

As autoridades tailandesas abriram uma investigação sobre o uso dessas mães de aluguel, um recurso que, segundo a lei local, só é autorizado caso a mulher seja parente de um dos pais e proíbe a gestação em troca de dinheiro. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaAustráliaCriançasCrimePaíses ricosPedofiliaTailândia

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia