Mundo

"Pablo Escobar brasileiro" é extraditado da Hungria para a Bélgica

Para evitar as autoridades, o ex-PM encenou várias vezes a própria morte e utilizou pelo menos dez identidades diferentes

Organização do brasileiro é responsável por traficar pelo menos 45 toneladas de cocaína entre 2017 e 2019 (majo1122331/Thinkstock)

Organização do brasileiro é responsável por traficar pelo menos 45 toneladas de cocaína entre 2017 e 2019 (majo1122331/Thinkstock)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 16 de junho de 2023 às 18h15.

Última atualização em 16 de junho de 2023 às 20h00.

O traficante conhecido como "Pablo Escobar brasileiro", apontado pela Interpol como o líder de uma grande organização de tráfico de cocaína para a Europa, foi extraditado da Hungria para a Bélgica, anunciaram as autoridades húngaras nesta sexta-feira, 16.

Considerado "um dos criminosos mais perigosos do mundo", o ex-major da PM de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, "foi entregue à Bélgica na quinta-feira, respeitando as normas de segurança mais elevadas", indicou a polícia húngara em comunicado.

Em seu portal de internet, a polícia publicou um vídeo que mostra sua transferência de uma prisão em Budapeste para o aeroporto, onde foi colocado em um avião do Exército belga.

"Pablo Escobar brasileiro"

O traficante era procurado desde novembro de 2020 após a apreensão no Brasil de "mais de US$ 100 milhões" pertencentes à organização criminosa que ele dirigia, segundo a Polícia Federal brasileira.

Desde então, ele era alvo de uma notificação vermelha da Interpol, já que muitos países, entre eles o próprio Brasil, solicitavam sua extradição por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e homicídio vinculado ao crime organizado.

Leia também:

Tráfico de pessoas: qual é o perfil das vítimas no Brasil e no mundo? Entenda

Sérgio Roberto de Carvalho foi detido na Hungria em junho de 2022.

Sua organização é "responsável por traficar pelo menos 45 toneladas de cocaína entre 2017 e 2019", detalhou a polícia húngara.

Para evitar as autoridades, o ex-PM encenou várias vezes a sua morte e utilizou pelo menos dez identidades diferentes para as quais tinha documentos falsos, segundo a mesma fonte.

Acompanhe tudo sobre:Tráfico de drogasDiplomaciaHungriaBélgicaCocaínaDrogas

Mais de Mundo

Senador nos EUA propõe recompensa de mil dólares por denúncia de imigrantes irregulares

Benjamin Netanyahu rejeita interromper guerra em Gaza 'agora'

Ministro da economia espanhol diz que UE só importará 'um bife por pessoa ao ano' do Mercosul

Governo brasileiro evacua embaixada em Damasco após invasão a consulados