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Ovni nos EUA: o que se sabe sobre os objetos voadores e qual a relação com a China

Três objetos voadores não identificados (ovni) foram identificados e abatidos nos céus dos Estados Unidos e do Canadá no último fim de semana

Ovni: especialistas em explosivos da Marinha dos EUA recuperam um balão de alta altitude na costa de Myrtle Beach, Carolina do Sul, em 5 de fevereiro. (AFP/AFP)

Ovni: especialistas em explosivos da Marinha dos EUA recuperam um balão de alta altitude na costa de Myrtle Beach, Carolina do Sul, em 5 de fevereiro. (AFP/AFP)

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Da redação, com agências

Publicado em 13 de fevereiro de 2023 às 11h26.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2023 às 07h24.

No último fim de semana três objetos voadores não identificados (ovni) foram abatidos nos céus dos Estados Unidos e do Canadá. A situação ligou o alerta das autoridades mundiais principalmente por preocupações em relação a possíveis aeronaves não tripuladas espiãs do governo chinês.

Até o momento, nada foi confirmado pelo governo de Pequim, apenas que objetos semelhantes também foram abatidos em território da China. As autoridades americanas investigam os episódios. Mas afinal, o que se sabe sobre os ovnis abatidos?

Quantos ovnis foram avistados nos últimos dias?

No domingo, 12, o exército dos Estados Unidos derrubou um objeto que sobrevoava o Lago Huron, na divisa com o Canadá, em grande altitude, segundo o Pentágono. Este foi o quarto ovni que o governo americano derrubou em menos de 10 dias quando sobrevoavam seu território o ou o Canadá. O primeiro, foi abatido no dia 4 de fevereiro na Carolina do Sul.

Washington derrubou mais dois objetos voadores: um na sexta-feira, 10, sobre o Alasca e outro no sábado, 11, sobre o Canadá. De acordo com o governo dos EUA, o primeiro objeto abatido, um balão, fazia parte de uma frota de aparelhos que Pequim enviou para 40 países com fins de espionagem.

O que eram os ovnis nos céus dos EUA?

As autoridades americanas informaram que o objeto abatido no domingo havia sido rastreado durante quase um dia e não se parecia com o suposto balão de vigilância chinês que foi destruído na costa do Atlântico em 4 de fevereiro.

O presidente Joe Biden, por "recomendação do comando militar", deu a ordem por "precaução", informou um funcionário do governo, antes de acrescentar que o objeto - descrito como uma estrutura octogonal da qual pendem cordas - não representava uma "ameaça militar", mas sim um risco para a aviação civil.

O comando aeroespacial americano (Norad) controlou a trajetória do objeto e tomou a decisão de abatê-lo sobre o Lago Huron "para evitar que atingisse pessoas no solo e, ao mesmo tempo, para aumentar as chances de que fosse recuperado", informou o Pentágono em um comunicado.

O general Glen VanHerck, chefe do Comando Norte dos Estados Unidos, disse que depois de enviar aviões para inspecionar o objeto mais recente, as Forças Armadas concluíram que não havia indícios de qualquer ameaça, assim como nos objetos anteriores.

"O que estamos vendo são objetos muito, muito pequenos que produzem uma seção transversal de radar muito, muito baixa", disse. Sem descrever a forma ou o tamanho dos objetos, ele disse que eles se deslocavam muito lentamente, na velocidade do vento.

Na segunda-feira, a Casa Branca garantiu que não há indicação de alienígenas ou atividade extraterrestre após uma série de abates de objetos não identificados no espaço aéreo norte-americano. "Eu sei que houve perguntas e preocupações sobre isso, mas não há, novamente, nenhuma indicação de alienígenas ou atividade extraterrestre com essas recentes quedas [de objetos voadores]", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

Qual a relação entre a China e os Estados Unidos?

A relação entre Estados Unidos e China se tornou ainda mais tensa depois que Washington derrubou o primeiro suposto aparelho de espionagem chinês, que segundo Pequim era um dispositivo civil.

Sobre os outros três objetos identificados nos espaço aéreo dos EUA, Pequim se negou a comentar e limitou a pedir que os jornalistas procurassem o ministério da Defesa, que não respondeu aos pedidos de comentários da imprensa.

Nesta segunda-feira, 13, a China afirmou que vários balões dos Estados Unidos entraram em seu espaço aéreo desde janeiro de 2022. "Não é raro que os Estados Unidos entrem ilegalmente no espaço aéreo de outros países", afirmou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.

"Apenas no último ano, balões americanos sobrevoaram a China mais de 10 vezes sem qualquer autorização", acrescentou.

(Com AFP)

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