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Ouvidor do Peru pede que parceiro da Odebrecht seja investigado

Grana, maior conglomerado de engenharia do Peru, negou o conhecimento sobre propinas que a Odebrecht disse ter pago no Peru de 2005 a 2014

Odebrecht: comentários se somam aos crescentes pedidos de parlamentares para que a Grana seja incluída em uma investigação sobre esquemas de pagamentos da Odebrecht (foto/Bloomberg)

Odebrecht: comentários se somam aos crescentes pedidos de parlamentares para que a Grana seja incluída em uma investigação sobre esquemas de pagamentos da Odebrecht (foto/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 09h05.

Lima - Um ouvidor peruano pediu na quinta-feira que procuradores investiguem a construtora peruana Grana y Montero e outros parceiros do conglomerado brasileiro de construção Odebrecht, em uma investigação sobre corrupção que já afundou as ações da Grana.

A Grana, maior conglomerado de engenharia do Peru e parceira mais importante da Odebrecht no país, negou repetidamente conhecimento sobre 29 milhões de dólares em propinas que a Odebrecht disse ter distribuído no Peru de 2005 a 2014.

Mas o ouvidor Walter Gutierrez, cujo escritório defende o interesse público, disse que as palavras da Grana não podem ser consideradas.

"Se sou um parceiro, sei sobre a situação financeira e ações relevantes de seus negócios... como eu não saberia, ou ao menos teria suspeitas" caso propinas fossem pagas?, disse Gutierrez durante entrevista coletiva com a mídia estrangeira. "Eles devem ser investigados."

Os comentários se somam aos crescentes pedidos de parlamentares para que a Grana seja incluída em uma investigação sobre esquemas de pagamentos da Odebrecht, após a empreiteira prometer dar aos procuradores testemunhos e documentos relevantes.

A Grana disse não estar sob investigação, mas que irá cooperar totalmente caso necessário para ajudar procuradores com seus trabalhos ou eliminar dúvidas.

O valor das ações da Grana caiu cerca de 37 por cento desde que a Odebrecht assinou um acordo com procuradores norte-americanos para tornar públicas as propinas que a Odebrecht assumiu ter distribuído pela América Latina.

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