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Outro caso de ebola nos EUA é inaceitável, diz especialista

O segundo caso de contágio por ebola de um funcionário sanitário nos Estados Unidos é inaceitável, de acordo com diretor de órgão de saúde

Funcionário de aeroporto de Los Angeles caminha de máscara pelo saguão (Mark Ralston/AFP)

Funcionário de aeroporto de Los Angeles caminha de máscara pelo saguão (Mark Ralston/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 11h22.

Washington - O segundo caso de contágio por ebola de um funcionário sanitário nos Estados Unidos é inaceitável, declarou nesta quarta-feira o diretor de um organismo de saúde americano, enquanto funcionários de alto escalão afirmaram que intensificarão o treinamento das equipes de saúde para tratar esta doença.

"O que aconteceu ali, qualquer que seja a razão, é inaceitável", disse o doutor Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Doenças Alérgicas e Infecciosas.

"Não é aceitável que duas enfermeiras que davam ajuda a uma pessoa, devido a sua exposição, sejam infectadas", disse Fauci à rede MSNBC de televisão.

O último caso registrado no Hospital Presbiteriano de Dallas ocorreu após o anúncio no domingo da infecção por ebola da enfermeira Nina Pham, que estava dentro do grupo de 70 membros do hospital que atenderam o paciente liberiano Thomas Eric Duncan.

Duncan, que acredita-se que tenha contraído o vírus na Libéria, foi hospitalizado em Dallas no dia 28 de setembro e morreu uma semana depois.

Depois de serem informados no domingo sobre a infecção de Pham, Fauci e o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Tom Frieden, destacaram que uma violação do protocolo poderia ter sido a causa desta contaminação.

Pham vestia o equipamento protetor indicado pelo CDC para estes casos, e os funcionários ainda não identificaram nenhuma falha no procedimento, embora os especialistas digam que tirar a máscara, a roupa ou as luvas com total segurança é uma operação difícil.

O vírus é transmitido através do contato com os fluidos de uma pessoa infectada, e os funcionários de saúde enfrentam um risco particular devido ao grande volume de vômito e diarreia que os pacientes emitem com frequência nas últimas etapas da doença.

Fauci disse que as autoridades de saúde devem começar a oferecer, "em geral, um maior treinamento pró-ativo - em vez de um treinamento passivo, como olhar o site ou dar uma folha de papel - isso deve ser mais ativo" para poder se proteger nos futuros casos.

"Isso não deveria ter acontecido e o que o CDC está tentando fazer agora de forma muito agressiva é saber como e o que ocorreu para garantir que não volte a acontecer", advertiu Fauci.

Na terça-feira, o CDC disse que está observando 76 funcionários do hospital de Dallas para detectar qualquer sintoma de infecção por ebola.

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