Agência de Notícias
Publicado em 11 de julho de 2024 às 09h08.
Última atualização em 11 de julho de 2024 às 09h10.
Os chefes de Estado e de Governo da Otan se comprometeram nesta quarta-feira a destinar um mínimo de US$ 43 bilhões em 2025 para ajudar a Ucrânia a derrotar a Rússia e impedir novos ataques no futuro.
"Afirmamos nossa determinação de apoiar a Ucrânia na construção de uma força capaz de derrotar a agressão russa hoje e dissuadi-la no futuro. Para esse fim, pretendemos fornecer um financiamento básico mínimo de US$ 43 bilhões no próximo ano", afirmaram os aliados na declaração da cúpula da aliança militar, que está sendo realizada em Washington (EUA).
Eles concordaram em "fornecer níveis sustentáveis de assistência à segurança para que a Ucrânia prevaleça", levando em consideração suas necessidades, os respectivos procedimentos orçamentários nacionais e os acordos bilaterais de segurança com o país.
Os líderes se comprometeram a analisar as contribuições dos aliados em futuras cúpulas da Otan, a começar pelo encontro do próximo ano em Haia.
O novo compromisso cobrirá os custos relacionados a fornecimento de equipamentos militares, assistência e treinamento para a Ucrânia.
Isso incluirá a compra de equipamentos militares, apoio em espécie, manutenção, logística e transporte de equipamentos militares, treinamento de tropas, investimentos em infraestrutura e na indústria de defesa da Ucrânia e contribuições para fundos fiduciários da Otan para o país, incluindo ajuda não letal.
Para apoiar a divisão justa dos custos, os líderes afirmaram que buscarão cumprir esse compromisso por meio de contribuições proporcionais, levando em conta também a participação de seus países no PIB da aliança militar.
Os aliados informarão à Otan sobre o apoio fornecido por meio desse compromisso duas vezes por ano, sendo que o primeiro relatório incluirá as contribuições enviadas após 1º de janeiro de 2024.
Além disso, os aliados decidiram hoje estabelecer uma unidade de treinamento e assistência à segurança da Otan para a Ucrânia (NSATU) a fim de coordenar fornecimento de equipamentos militares e treinamento das forças do país.
A NSATU, que atuará nos países aliados, apoiará a autodefesa da Ucrânia de acordo com a Carta das Nações Unidas e, de acordo com a lei internacional, não tornará a Otan parte do conflito, mas apoiará a transformação das forças ucranianas e possibilitará sua maior integração com a aliança militar.
Os aliados também concordaram em criar um Centro Conjunto de Análise, Treinamento e Educação (JATEC) Otan-Ucrânia, que consideraram "um importante pilar de cooperação prática" para identificar e aplicar as lições da guerra da Rússia e aumentar a interoperabilidade entre a Ucrânia e a aliança militar.
Os líderes também parabenizaram a decisão de Stoltenberg de nomear um representante da Otan na Ucrânia.
Em sua declaração sobre a cúpula, eles declararam à Ucrânia seu apoio ao "caminho irreversível" para a adesão à aliança militar, além de afirmar que fariam um convite ao país para a adesão quando os aliados concordarem e as condições forem atendidas.
"O futuro da Ucrânia está na Otan. A Ucrânia está cada vez mais interoperável e politicamente integrada à aliança militar", afirmaram os líderes, que também elogiaram o progresso do país em reformas democráticas, econômicas e de segurança.
"À medida que o país continua este trabalho vital, continuaremos a apoiá-lo em seu caminho irreversível rumo à integração euro-atlântica total, incluindo a adesão à Otan.