Mundo

Otan renova oferta à Rússia para cooperar na defesa antimísseis

Em novembro de 2012, Otan e Rússia decidiram estudar uma possível cooperação em defesa antimísseis, mas o acordo não acabou sendo levado adiante

"Os passos unilaterais para desdobrar um sistema de defesa antimísseis sem levar em conta o contexto internacional e os direitos legítimos de outros Estados, inevitavelmente suscitarão medidas de resposta", indicou Medvedev em uma clara referência à Otan (AFP)

"Os passos unilaterais para desdobrar um sistema de defesa antimísseis sem levar em conta o contexto internacional e os direitos legítimos de outros Estados, inevitavelmente suscitarão medidas de resposta", indicou Medvedev em uma clara referência à Otan (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2012 às 12h54.

Bruxelas - A Otan renovou nesta segunda-feira sua oferta à Rússia para continuar e expandir a cooperação bilateral, especialmente na defesa antimísseis, uma questão em que ambas as partes entraram em conflito no último ano.

"Nosso sistema (antimísseis) não está desenhado e nem dirigido contra a Rússia", reiterou a porta-voz da Otan, Oana Lungescu, que também abordou a posse de Vladimir Putin como novo presidente da Rússia.

Oana lembrou que a Organização e a Rússia aumentaram progressivamente sua cooperação desde 2002 em muitos aspectos, como o Afeganistão, a luta contra a pirataria e o combate ao tráfico de drogas.

A porta-voz da Otan, no entanto, enfatizou: "Não alcançamos tantos progressos como esperávamos na defesa antimísseis. Não é nossa intenção atacar à Rússia e acreditamos que a Rússia não tem intenção de nos atacar", acrescentou.

Em novembro de 2012, na cúpula de Lisboa, Otan e Rússia decidiram estudar uma possível cooperação em defesa antimísseis, mas o acordo não acabou sendo levado adiante, já que as autoridades russas não concordaram com o modelo apresentado.

A porta-voz assinalou que o retorno de Putin à Presidência russa para um novo mandato supõe uma "continuidade" na liderança e nas políticas do Kremlin.

As palavras de Oana chegaram após uma nova série de advertências de Moscou sobre o sistema que a Otan está preparando, o mesmo que já poderia ser declarado com "operabilidade interina" na cúpula da Aliança de Chicago, que será realizada no dia 20 e 21 de maio.

A última advertência chegou na última quinta-feira, quando o ainda presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, assinalou que a adoção de decisões unilaterais em matéria de defesa antimísseis poderia levar ao confronto e a uma nova corrida armamentista.

"Os passos unilaterais para desdobrar um sistema de defesa antimísseis sem levar em conta o contexto internacional e os direitos legítimos de outros Estados, inevitavelmente suscitarão medidas de resposta", indicou Medvedev em uma clara referência à Otan.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaOtanRússiaseguranca-digital

Mais de Mundo

Biden deve ir à posse de Donald Trump nesta segunda-feira?

União Europeia deve traçar 'linhas vermelhas' nas relações com Trump, diz ministro francês

Mais de 200 caminhões de ajuda chegam do Egito no segundo dia de trégua em Gaza

Biden encerra mandato como presidente que concedeu mais perdões da história dos EUA