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Otan pede que Rússia use sua influência junto à Síria

A última iniciativa da Rússia neste conflito foi propor que a comunidade internacional organizasse de maneira urgente uma conferência de paz

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2012 às 07h25.

Sydney - O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, condenou nesta quarta-feira as mortes na Síria e disse que a Rússia deve utilizar sua influência junto a Damasco para conter a escalada da violência.

Rasmussen assinalou, em um discurso perante o Clube da Imprensa Nacional, em Canberra, durante o primeiro dia de sua visita à Austrália, que a 'Rússia tem de usar sua influência na Síria para permitir uma solução política e, com isso, cumprir com suas obrigações internacionais', segundo a agência de notícias 'AAP'.

A última iniciativa da Rússia neste conflito foi propor que a comunidade internacional organizasse de maneira urgente uma conferência de paz com o objetivo de fazer cumprir o plano de paz do mediador da ONU, Kofi Annan.

A crise síria se agrava a cada dia que passa, e ontem o subsecretário-geral da ONU para as Operações de Paz, o francês Hervé Ladsous, qualificou a situação de 'guerra civil'.

'O que claramente está ocorrendo é que o governo da Síria perdeu grandes partes de território e várias cidades para a oposição, e que quer retomar o controle sobre essas áreas', disse Ladsous.

Hoje, o secretário-geral da Otan foi questionado sobre esses comentários.

'Não sou um analista legal, portanto desde esse ponto de vista não sei se podemos qualificar o que acontece como uma guerra civil', respondeu o político dinamarquês, antes de acrescentar, porém, que a situação 'é muito séria e foram vistos atos tremendos perpetrados pelo regime e pelas forças leais ao regime'.

Rasmussen insistiu que a solução não é uma eventual intervenção militar na Síria, porque sua complexidade política, étnica e religiosa faria com que a operação fosse mais complexa que a efetuada na Líbia.

Segundo dados da ONU, mais de 10 mil pessoas morreram na Síria desde o começo das manifestações contra o regime de Bashar al-Assad, em março de 2011. 

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