Mundo

Otan pede que militares ucranianos se mantenham neutros

Secretário-geral da Otan disse que é deplorável "o abusivo derramamento de sangue na Ucrânia" e pediu às partes "que parem com a violência imediatamente "


	Fogo durante protesto em Kiev: enfrentamentos entre forças de segurança e opositores deixaram 67 mortos e mais de mil de feridos, segundo dados oficiais
 (REUTERS/David Mdzinarishvili)

Fogo durante protesto em Kiev: enfrentamentos entre forças de segurança e opositores deixaram 67 mortos e mais de mil de feridos, segundo dados oficiais (REUTERS/David Mdzinarishvili)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 18h11.

Bruxelas - O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, pediu nesta quinta-feira aos militares ucranianos que se mantenham neutros nos enfrentamentos entre o Governo de Kiev e os grupos de oposição.

"Os militares ucranianos não deveriam se voltar contra o povo da Ucrânia. Se isso ocorrer, haverá consequências severas e negativas para nossa relação com as autoridades da Ucrânia", advertiu Rasmussen em comunicado.

O secretário-geral aliado disse que é deplorável "o abusivo derramamento de sangue na Ucrânia" e pediu às partes "que parem com a violência imediatamente ".

Durante esta jornada em Kiev seguiram os enfrentamentos entre as forças de segurança e os opositores, que segundo dados oficiais deixaram ucranianos 67 mortos e mais de mil de feridos.

Rasmussen ressaltou que "o Governo (ucraniano) tem uma clara responsabilidade especial em não fazer um uso excessivo da força e em manter a neutralidade das forças armadas".

O líder aliado ressaltou que "a única maneira de avançar é mediante um diálogo pacífico e encontrando soluções de maneira democrática".

Além disso, Rasmussem deu as boas-vindas "aos esforços internacionais que abrem o caminho para uma solução pacífica e democrática".

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) chegaram a um acordo político nesta quinta-feira para impor sanções aos responsáveis da violência e uso excessiva da força na Ucrânia, consistentes em proibir sua entrada e congelar seus bens em território comunitário.

Os ministros também decidiram suspender as licenças para exportar à Ucrânia "equipes que possam ser utilizadas para a repressão interna" e reavaliar as licenças de exportação de tecnologia e equipes militares, mas não pactuaram um embargo de armas.

Acompanhe tudo sobre:MortesOtanProtestosProtestos no mundoUcrânia

Mais de Mundo

Trump nomeia Keith Kellogg como encarregado de acabar com guerra na Ucrânia

México adverte para perda de 400 mil empregos nos EUA devido às tarifas de Trump

Israel vai recorrer de ordens de prisão do TPI contra Netanyahu por crimes de guerra em Gaza

SAIC e Volkswagen renovam parceria com plano de eletrificação