Mundo

Otan pede à Rússia para evitar ações na Crimeia

O secretário-geral da Otan mostrou pediu à Rússia que evite qualquer movimento que possa aumentar a tensão na Crimeia


	Bandeira russa em frente a prédio administrativo na região da Crimeia: Otan mostrou sua preocupação com a situação na Crimeia
 (Stringer/Reuters/Reuters)

Bandeira russa em frente a prédio administrativo na região da Crimeia: Otan mostrou sua preocupação com a situação na Crimeia (Stringer/Reuters/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 14h18.

Bruxelas - O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, mostrou nesta quinta-feira sua preocupação com a situação na república autônoma da Crimeia e pediu à Rússia que evite qualquer movimento que possa aumentar a tensão regional e criar confusão.

"Estou preocupado com os eventos na Crimeia. Peço à Rússia que não realize nenhuma ação que possa escalar a tensão ou criar mal-entendidos", disse Rasmussen em sua conta no Twitter.

Rasmussen participa hoje de uma reunião da comissão OTAN-Ucrânia, a qual contará com a participação de ministros da Defesa da Aliança Atlântica e, inclusive, do vice-ministro ucraniano de Defesa, Oleksandr Oliynyk.

Os aliados aprovaram nesta quarta-feira uma declaração sobre a situação na Ucrânia. Nesta, as autoridades asseguram que "seguirão apoiando a soberania, a independência, a integridade territorial, o desenvolvimento democrático e o princípio de inviolabilidade das fronteiras" desse país.

Também sublinharam que esses são "fatores fundamentais para garantir a estabilidade e a segurança da Europa Central, do Leste e do continente em seu conjunto", e que uma Ucrânia "soberana, independente e estável, firmemente comprometida com a democracia e o estado de direito", é "indispensável" para a segurança euroatlântica.

A declaração em questão foi aprovada horas antes que grupos armados pró-russos invadissem as sedes do Parlamento e do Governo da Crimeia em Simferopol nesta madrugada, segundo a imprensa local.

Ontem, Simferopol foi palco de manifestações tanto pró-ucranianas como pró-russas, as quais se desenvolveram junto à sede do Parlamento autônomo, onde uma pessoa morreu de ataque cardíaco após alguns incidentes.

O presidente Interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, exigiu hoje que o comando da Frota russa do Mar Negro mantenha em suas bases as tropas que tem em território ucraniano, pois "qualquer movimentação de soldados será considerado uma agressão".

Segundo o tratado pelo qual Moscou mantém a base principal de sua frota do Mar Negro no porto de Sebastopol (Crimeia), todos os movimentos de tropas no território da Ucrânia devem ser estipulados com as autoridades desse país.

A península da Crimeia, banhada pelo Mar Negro, conta com cerca de 2 milhões de habitantes, dos quais quase 60% são russos, 25% ucranianos e 12% tártaros.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrimeiaCrise políticaEuropaOtanRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Israel se pronuncia sobre acordo de cessar-fogo com o Hezbollah

Presidente do Chile, Gabriel Boric é denunciado por assédio sexual; político nega: 'infundado'

Justiça de Hong Kong aprova direitos de casais do mesmo sexo a habitação e herança

Imigrantes buscam orientação à medida que posse de Trump se aproxima: 'Todos estão com medo'