Soldados da Otan: Reino Unido pediu mais mobilização nos Estados Bálticos (Brendan Smialowski/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2014 às 22h11.
Londres - A Organização do Tratado do Atlântico Norte (<strong><a href="https://exame.com.br/topicos/otan">Otan</a></strong>) não está preparada para a ameaça de um ataque russo contra um dos seus membros, disseram parlamentares britânicos nesta quarta-feira, pedindo a mobilização de mais equipamentos e tropas nos Estados Bálticos que, segundo eles, estão particularmente vulneráveis.</p>
O Comitê de Defesa do Parlamento afirmou que os acontecimentos na Crimeia e no leste da Ucrânia revelaram "deficiências alarmantes" na preparação da Otan e devem servir como um "toque de despertar".
A aliança militar tem intensificado os exercícios na Europa Oriental desde que a Rússia anexou a península da Crimeia em março. A Ucrânia não é um membro da Otan.
A Polônia, vizinha da Ucrânia e membro da Otan, disse que quer que a aliança mobilize tropas permanentes na região como garantia contra a intervenção russa. Mas a maioria dos integrantes da Otan está relutante por causa do custo e do risco de intensificar ainda mais a oposição ao Kremlin.
"A Otan tem sido muito complacente com a ameaça da Rússia e não está bem preparada", disse Rory Stewart, presidente do comitê, formado por parlamentares dos conservadores, que estão no governo, e dos Liberais Democratas, bem como da oposição trabalhista.
"A instabilidade na Rússia, a visão de mundo do presidente (russo, Vladimir) Putin e o fracasso do Ocidente de reagir ativamente na Ucrânia significam que, agora, temos de enfrentar com urgência a possibilidade, ainda que pequena, de a Rússia repetir essas táticas em outro lugar. Em particular, os membros da Otan no Báltico estão vulneráveis", disse ele.
A Grã-Bretanha anunciou nesta semana que vai enviar 1.350 militares e mais de 350 veículos à Polônia para um exercício da Otan em outubro, com a intenção de tranquilizar os seus aliados na Europa Oriental.