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Otan não confiará sua segurança à Rússia, insistem EUA

A Aliança insiste em uma cooperação na qual as partes respondam unicamente pela defesa de seu território

O presidente Dmitri Medvedev sugeriu a criação de um sistema Rússia-Otan, no qual cada uma das partes seria encarregada da segurança de um setor do continente (Sean Gallup/Getty Images)

O presidente Dmitri Medvedev sugeriu a criação de um sistema Rússia-Otan, no qual cada uma das partes seria encarregada da segurança de um setor do continente (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2011 às 07h25.

Moscou - Os Estados Unidos rejeitam a proposta russa para uma defesa antimísseis conjunta entre a Otan e a Rússia na Europa, afirmou o embaixador americano diante da Aliança Atlântica, Ivo Daalder, em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal russo Kommersant.

Daadler reiterou assim a postura dos EUA à proposta feita pelo presidente russo, Dmitri Medvedev, que sugeriu a criação de um sistema conjunto Rússia-Otan, no qual cada uma das partes seria encarregada da segurança de um setor do continente.

'A Otan não pode aceitar essa ideia. Unicamente porque estamos convencidos que só a Aliança, e não uma potência estrangeira, pode garantir a segurança de seus membros e seus territórios. Mesmo Moscou não quer que sua segurança fique nas mãos da Otan', justificou o diplomata americano.

A Aliança insiste em uma cooperação na qual as partes respondam unicamente pela defesa de seu território.

'Podemos aceitar uma versão adaptada da proposta russa (de defesa) setorial. A Otan se encarregará de defender seu território, e Rússia o seu. Juntos podemos determinar como podem cooperar nossos sistemas independentes de antimísseis para reforçar a segurança da Europa e protegê-la da ameaça iraniana', indicou.

No fim de novembro, o presidente russo anunciou a instalação de um radar e ordenou reforçar a segurança das instalações das forças estratégicas da Rússia em resposta à recusa dos EUA de dar garantias por escrito de que seu sistema de defesa antimísseis na Europa não ameaça o poderio nuclear russo.

'Não há nada novo entre as medidas anunciadas pelo presidente Medvedev. O mais importante que temos ouvido é que a porta para o diálogo continua aberta. Temos intenção de cooperar com a Rússia, mas ao mesmo tempo nossa intenção é ter nossa própria defesa antimísseis', indicou Daadler.

O embaixador americano diante da Otan reconheceu que atualmente as negociações entre a Aliança, Estados Unidos e Rússia sobre o escudo antimísseis estão em ponto morto.

'Estamos em um atoleiro, mas há saída. Todos nós sabemos conversar. Vemos com clareza nossas diferenças e estamos prontos para superá-las', ressaltou. 

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