O presidente colombiano, Juan Manuel Santos: ele havia declarado no sábado que a Otan assinaria um acordo com seu governo (Javier Casella/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2013 às 12h38.
Bruxelas - A Otan procura acalmar a polêmica provocada na América Latina pelo anúncio pela Colômbia de uma aproximação com a Aliança Atlântica, afirmando que a adesão deste país era impossível devido à sua distância geográfica.
A Colômbia "não cumpre os critérios de adesão" para a Otan, cujo tratado estabelece que a organização "está aberta a países da região do Atlântico Norte", indicou um funcionário da Otan.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, havia declarado no sábado que "em junho, a Otan vai assinar um acordo com o governo da Colômbia (...) para iniciar um processo de aproximação com esta organização". Este anúncio provocou fortes reações de vários líderes esquerdistas latino-americanos.
"Não há planos imediatos para um acordo de parceria entre a Aliança e a Colômbia", indicou o funcionário em Bruxelas. "Mas analisamos a possibilidade de realizar atividades específicas em conjunto", acrescentou, citando um acordo para troca de informações.
"Este acordo seria um precursor para uma possível futura cooperação com a Colômbia que os Aliados estabeleceriam através da Otan", explicou.
A Otan conta atualmente com 28 países membros na Europa e na América do Norte. Ela desenvolveu parcerias com vários países, alguns tão distantes como Austrália e Mongólia, mas nenhum com a América Latina.