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Otan estuda ter representante civil em Benghazi

O mais provável é que, se a medida for aprovada, diplomata já presente na capital oposicionista venha a ser o representante do Atlântico Norte

Rasmussen, secretário-geral da Otan, já se reuniu com o conselho rebelde líbio (Uriel Sinai/Getty Images)

Rasmussen, secretário-geral da Otan, já se reuniu com o conselho rebelde líbio (Uriel Sinai/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2011 às 15h06.

Bruxelas - Os países da Otan estão estudando a possibilidade de reforçar os contatos com os rebeldes líbios nomeando um representante civil na cidade de Benghazi, o principal reduto da oposição a Muammar Kadafi, como revelou nesta terça-feira à Agência Efe a porta-voz da Aliança Carmen Romero.

"É uma discussão em curso", assinalou Romero, quem lembrou que a organização já manteve contatos recentes com o Conselho Nacional de Transição (CNT) para discutir a operação aliada na Líbia e "possíveis resoluções políticas".

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, se reuniu em Doha com o representante diplomático rebelde Mahmoud Jibril durante a reunião do Grupo de Contato sobre a Líbia, celebrada em 13 de abril.

"Com o objetivo de melhorar e reforçar os contatos, a Otan está considerando ter um ponto de contato civil em Benghazi em apoio à operação 'Protetor Unificado'", explicou a porta-voz.

A possível nomeação será tratada, a princípio, na reunião desta quarta-feira em Bruxelas dos embaixadores da Otan, que devem concordar por unanimidade com qualquer iniciativa deste tipo.

Por enquanto, os detalhes ainda não foram definidos, mas, se o projeto seguir adiante, o mais provável é que o representante da Otan em Benghazi seja algum diplomata de um país do organismo que já se encontre na cidade, disse uma fonte diplomática.

Desde que assumiu o comando das operações internacionais na Líbia, a Otan ressaltou que seu papel se limita a proteger a população civil sob ameaça e que, portanto, não pode assumir uma posição a favor de nenhum dos grupos.

No entanto, alguns de seus membros apoiaram o CNT desde o início, como a França, o primeiro país que reconheceu Benghazi como a única cidade interlocutora válida na Líbia.

Enquanto isso, outros países da Otan foram mais cautelosos e resistiram a seguir essa linha.

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