Missão da Otan na Líbia: fim pode estar próximo (Arnaud Roine/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2011 às 16h10.
Bruxelas - A Otan está estudando antecipar para esta sexta-feira seu próximo encontro de embaixadores para analisar a situação na Líbia, após a morte do ex-ditador Muammar Kadafi e o possível fim de sua missão no país norte-africano, segundo fontes aliadas.
A próxima reunião do Conselho do Atlântico Norte, principal órgão de decisão da Aliança, estava prevista para quarta-feira da semana que vem, mas a queda do ditador poderia desencadear os eventos.
Colocar um ponto final na missão será uma 'decisão política' que será tomada com base nas recomendações dos responsáveis militares, lembraram nesta quinta fontes aliadas.
Durante as últimas semanas, conforme o Conselho Nacional de Transição (CNT) foi controlando praticamente a totalidade do território líbio, a Otan veio anunciando que o fim de sua missão estava 'perto'.
No entanto, nos últimos dias o órgão ainda considerava que não haviam as condições necessárias para encerrar a operação, pois embora já muito reduzida, continuava havendo uma ameaça para a população civil.
No dia 6 de outubro, os ministros da Defesa da Aliança acertaram uma série de critérios que serão seguidos para se decidir o fim da missão.
A decisão, informaram então, terá a ver com o que vi acontecer na localidade de Sirte, com a disposição das forças fieis a Kadafi para atacar os civis, com o fato de que o próprio ex-ditador mantenha o controle sobre os combatentes e com a capacidade das novas autoridades.
A priori, o fim da operação deveria estar muito perto, uma vez que as forças do CNT assumiram o controle de Sirte, a cidade natal de Kadafi e último foco da resistência do antigo regime.
A Otan assumiu o controle das operações internacionais na Líbia no dia 31 de março e aprovou um plano de operações por 90 dias, que foi estendido duas vezes, junho e setembro.
Durante todo esse tempo, os aviões da Otan bombardearam de forma regular alvos do regime de Kadafi e seus navios asseguraram a aplicação do embargo de armas imposto sobre o país pelas Nações Unidas. EFE