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Otan e Rússia conduzem exercícios nucleares em meio a tensões sobre Ucrânia

Na segunda-feira, 17, a Otan deu início a seu exercício, conhecido como "Steadfast Noon". A Rússia, por sua vez, começará em breve seu exercício de prontidão nuclear, o chamado "Grom"

Guerra: autoridades dos EUA disseram que Moscou ainda precisa informar Washington sobre quais mísseis serão testados (Valentyn Ogirenko/Reuters)

Guerra: autoridades dos EUA disseram que Moscou ainda precisa informar Washington sobre quais mísseis serão testados (Valentyn Ogirenko/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de outubro de 2022 às 12h00.

Última atualização em 20 de outubro de 2022 às 12h06.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a Rússia estão seguindo adiante com grandes exercícios nucleares em meio à crescente tensão da guerra na Ucrânia e indicações do presidente russo, Vladimir Putin, de que territórios ucranianos recentemente anexados por Moscou poderão ser protegidos por armas nucleares.

Na segunda-feira, 17, a Otan deu início a seu exercício, conhecido como "Steadfast Noon". A Rússia, por sua vez, começará em breve seu exercício de prontidão nuclear, o chamado "Grom". Autoridades dos EUA disseram que Moscou ainda precisa informar Washington sobre quais mísseis serão testados.

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Embora sejam realizados anualmente, os exercícios ocorrem em meio ao maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. "É uma situação única", comentou Hans Kristensen, especialista de forças nucleares da Federação de Cientistas Americanos. "Os exercícios estão acontecendo no auge de uma grande guerra convencional. Nunca vimos isso antes", acrescentou.

Para evitar o risco de erros de cálculo este ano, autoridades dos EUA e da Otan tomaram a providência incomum de apresentar alguns detalhes sobre a "Steadfast Noon" antes do início do exercício e também discutiram publicamente o que o exercício de Moscou pode implicar.

O "Steadfast Noon" envolve apenas aviões, enquanto o exercício da Rússia geralmente inclui forças aéreas, terrestres e navais, que fazem parte do que é conhecido como "tríade nuclear".

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