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Otan e Afeganistão ratificam continuidade de missão aliada

"Agora temos o que necessitamos para avançar com nossa nova missão para formar e assistir às forças de segurança afegãs", destacou secretário-geral da Otan

Soldado do Afeganistão: missão da Otan terá novo papel de assessoria às forças afegãs (Omar Sobhani/Arquivo/Reuters)

Soldado do Afeganistão: missão da Otan terá novo papel de assessoria às forças afegãs (Omar Sobhani/Arquivo/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 15h11.

Bruxelas - O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, corroborou nesta segunda-feira, junto do presidente do Afeganistão, Ashraf Gani, e do chefe do governo, Abdullah Abdullah, a continuidade de uma missão aliada a partir do próximo dia 1º de janeiro no país centro-asiático.

"Agora temos o que necessitamos para avançar com nossa nova missão para formar e assistir às forças de segurança afegãs", destacou Stoltenberg em uma declaração à imprensa ao lado de Gani e Abdullah no quartel-general da Aliança.

O secretário-geral se referia ao marco jurídico respaldado pelo Executivo do Afeganistão que permite a presença de tropas estrangeiras - tanto da Otan como dos Estados Unidos - no país além de 2014, quando conclui a missão aliada denominada Isaf.

A missão da Otan já não será então de combate, mas terá um novo papel de assessoria às forças afegãs.

"Por mais de uma década, os aliados da Otan estivemos ombro a ombro com o povo do Afeganistão", declarou Stoltenberg, que acrescentou que a Isaf impediu que esse país continuasse sendo "um lugar seguro para os terroristas".

Por sua parte, Gani assegurou que as partes entram "em uma nova fase" de sua associação, de "sacrifício e de responsabilidade compartilhada".

O presidente afegão declarou que o Afeganistão "está na vanguarda da luta" com o objetivo de conseguir "prosperidade" para seu povo e "segurança para o mundo".

Abdullah reforçou que já está instaurado o "marco legal" necessário para que tanto os Estados Unidos como a Otan possam seguir assistindo às forças de segurança afegãs.

Gani e Abdullah participarão amanhã em uma sessão dedicada ao Afeganistão dentro da reunião de ministros das Relações Exteriores da Otan.

O status das forças de segurança assinado entre Afeganistão e a Otan estabelece que entre 3.000 e 4.000 militares aliados poderão continuar no Afeganistão a partir de 2015.

Por sua parte, o acordo bilateral de segurança entre Afeganistão e EUA prevê a permanência em solo afegão de 9.800 militares americanos.

O embaixador americano perante a Otan, Douglas Lute, afirmou hoje em entrevista coletiva que as tropas de seu país que permanecerem no Afeganistão terão autoridade para combater "qualquer elemento inimigo" que lhes represente uma ameaça.

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