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Otan diz que pode trabalhar com Rússia sobre Síria

Destruição de armas químicas da Síria foi discutida em uma reunião de ministros da Defesa de países membros da Otan e da Rússia

O presidente Vladimir Putin durante cerimônia de inauguração de uma estátua de Alexander Pushkin em Seul
 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

O presidente Vladimir Putin durante cerimônia de inauguração de uma estátua de Alexander Pushkin em Seul (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2013 às 17h23.

Istambul - Otan e Rússia serão informadas em conjunto na próxima semana sobre os esforços para eliminar as armas químicas da Síria e podem trabalhar juntas para apoiar o processo, disse o secretário-geral adjunto da aliança militar, Alexander Vershbow, nesta quinta-feira.

A destruição de armas químicas da Síria foi discutida em uma reunião de ministros da Defesa de países membros da Otan e da Rússia, em Bruxelas, em outubro, a primeira reunião desse tipo em dois anos, elevando a perspectiva de cooperação entre os ex-inimigos da Guerra Fria.

Vershbow disse que Sigrid Kaag, chefe da missão conjunta da ONU e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) para destruir as armas químicas sírias, estará com autoridades da Otan e da Rússia na próxima semana.

"Nós teremos uma reunião sobre o conselho Otan-Rússia... para saber mais sobre o que eles veem como exigências ao longo dos próximos meses", disse Vershbow à Reuters, nos bastidores de um fórum industrial da Otan em Istambul.

"Neste momento, não sabemos se eles estarão olhando para a Otan ou para Otan mais Rússia, mas os aliados têm uma mente aberta sobre isso e vamos saber mais depois dessa reunião informal." A Rússia tem apoiado o presidente sírio, Bashar al-Assad, durante o conflito de dois anos e meio, bloqueando resoluções do Conselho de Segurança da ONU destinadas a pressioná-lo e afirmando que a saída dele não pode ser uma precondição para as negociações de paz.

Mas, sob um acordo mediado por Rússia e Estados Unidos, Assad concordou em destruir as armas químicas da Síria, depois que Washington ameaçou usar a força em resposta a um ataque com gás sarin que matou centenas de pessoas em 21 de agosto.

A Rússia disse nesta semana que poderia doar 2 milhões de dólares para a Opaq, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz no mês passado, e que está pronta para oferecer ajuda especializada.

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