Tropas da Otan e do Afeganistão chegam ao local de um ataque suicida em Jalalabad (Parwiz/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2014 às 17h55.
Washington - Uma missão de treinamento liderada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão no ano que vem deve chegar a 12 mil soldados, sendo oito mil dos Estados Unidos, e cerca de 1.800 norte-americanos irão conduzir missões de contraterrorismo, disse um militar de alta patente nesta quarta-feira.
Os EUA também gostariam de ver uma participação de nações com forças bem treinadas no esforço de contraterrorismo, como Grã-Bretanha e Austrália, afirmou a autoridade militar, falando sob anonimato.
A cifra de 12 mil tropas da missão de treinamento fornecida pelo militar nos bastidores de um encontro de ministros da Defesa da Otan, em Bruxelas, se destacava nas especulações sobre planejamento discutidas anteriormente nos corredores da aliança atlântica.
Na semana passada, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que irá reduzir sua força no Afeganistão para 9.800 soldados no início do próximo ano, divididos entre soldados que formarão parte da missão de treinamento da Otan e outros que serão parte de uma missão norte-americana para combater militantes da Al Qaeda no Afeganistão.
Os EUA não disseram quantos soldados estarão em cada missão, “mas minha avaliação é que algo da ordem de 8 mil serão parte da missão da Otan... e o número total de 12 mil incluiu uma cifra projetada de 8 mil dos EUA e 4 mil da Otan”, declarou a autoridade militar.
“Há uma série de nações que possuem forças de operação especiais de alto nível que nos seriam bem-vindas como parte deste esforço”, disse.
A falta de clareza sobre a missão de contraterrorismo até agora atrapalhou discussões mais detalhadas sobre como Grã-Bretanha e Austrália poderiam querer contribuir, disse o militar.
O objetivo da missão é manter a pressão sobre a Al Qaeda e a suas afiliadas no Afeganistão para evitar que realizem ataques no Ocidente.
Os Estados Unidos intervieram no Afeganistão após os ataques de 11 de setembro de 2001 para que o país não se convertesse em um santuário da Al Qaeda.
Tanto a presença da Otan quanto dos EUA no Afeganistão após o fim deste ano, quando as operações de combate conduzidas pela Otan devem ser encerradas, dependem de os afegãos assinarem um acordo de segurança com os norte-americanos estabelecendo uma base legal para isso.