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Otan denuncia referendos de anexação na Ucrânia como 'flagrante violação do direito internacional'

O chefe da Otan também advertiu que o conflito militar na Ucrânia poderá arrastar-se por muito tempo, e que é preciso estar preparado

Stoltenberg: "deixar claro que os aliados da Otan não hesitam em apoiar a soberania da Ucrânia (EUROPA PRESS/Getty Images)

Stoltenberg: "deixar claro que os aliados da Otan não hesitam em apoiar a soberania da Ucrânia (EUROPA PRESS/Getty Images)

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AFP

Publicado em 27 de setembro de 2022 às 15h28.

Os referendos de anexação organizados pela Rússia em quatro regiões do sul e leste da Ucrânia são uma "farsa" e uma "flagrante violação do direito internacional", afirmou nesta terça-feira (27) Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan.

Stoltenberg informou no Twitter que há pouco conversou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para "deixar claro que os aliados da Otan não hesitam em apoiar a soberania da Ucrânia e seu direito à autodefesa".

Em uma reunião com eurodeputados social-democratas, Stoltenberg disse que a Otan acompanhava com cuidado os incidentes com vazamentos de gás nos gasodutos Nord Stream entre a Rússia e Alemanha no mar Báltico.

O Nord Stream 2 foi o primeiro a sofrer danos na segunda-feira e na terça, o Nord Stream 1, que transcorre quase em paralelo, também foi afetado.

"É sumariamente importante ter sobre a mesa todos os fatos. Por isso, continuaremos acompanhando de perto nas próximas horas e dias, em cooperação com os aliados da Otan", disse Stoltenberg aos eurodeputados.

O chefe da Otan também advertiu que o conflito militar na Ucrânia poderá arrastar-se por muito tempo, e que é preciso estar preparado.

"As guerras são imprevisíveis. Devemos entender que pode levar muito tempo e devemos estar prontos para manter nosso apoio à Ucrânia a longo prazo", expressou.

Stoltenberg criticou a retórica nuclear utilizada pelo presidente russo, Vladimir Putin, mas alertou que é preciso "levar a sério" essas declarações.

"Toda utilização de armas nucleares é absolutamente inaceitável. Mudará a natureza do conflito e a Rússia deve saber que uma guerra nuclear é impossível de ser vencida", afirmou.

Veja também:

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