Redação Exame
Publicado em 25 de junho de 2025 às 09h38.
Última atualização em 25 de junho de 2025 às 09h39.
Líderes da Otan aprovaram um novo objetivo de gastos com defesa de 5% do PIB até 2035, durante uma cúpula histórica realizada em Haia. A medida visa fortalecer a aliança em resposta ao crescente desafio representado pela Rússia e aos riscos persistentes de terrorismo. O aumento foi considerado uma vitória significativa para o presidente dos EUA, Donald Trump, que tem pressionado os aliados europeus a aumentarem seus investimentos em segurança.
O novo objetivo inclui 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para defesa central e 1,5% para investimentos relacionados, como infraestrutura e cibersegurança. A mudança surge em um momento de incertezas sobre o futuro da segurança europeia, especialmente com a crescente ameaça russa à estabilidade da Euro-Atlântica.
Embora a decisão tenha sido comemorada por Trump, que reafirmou o compromisso dos EUA com a Otan, alguns países europeus, como a Otan, questionaram se o aumento será viável devido aos elevados níveis de dívida pública. A medida foi detalhada na Declaração de Haia, que também reforçou o compromisso da OTAN com a defesa coletiva e com a proteção de seus 1 bilhão de cidadãos.
A cúpula também se concentrou na assistência à Ucrânia, com a OTAN expressando apoio contínuo ao país, embora o compromisso com a adesão da Ucrânia à aliança tenha sido omitido em relação ao ano anterior. A decisão de permitir que as contribuições à defesa ucraniana contem para o cumprimento dos gastos militares é um passo importante, com a OTAN prevendo trilhões de dólares em investimentos até 2035.
A revisão dessa meta de gastos ocorrerá em 2029, e a implementação do novo objetivo marcará uma transformação nas capacidades de defesa da Otan em um cenário global de crescente incerteza.