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Otan aprovará criação de força de ação rápida

A Otan espera criar plano para melhorar a defesa coletiva, que inclui a criação de uma força capaz de responder a qualquer ameaça exterior em questão de dias


	Reunião da Otan: estima-se que a força especial será formada por quatro mil soldados
 (Facundo Arrizabalaga/Pool/Reuters)

Reunião da Otan: estima-se que a força especial será formada por quatro mil soldados (Facundo Arrizabalaga/Pool/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 07h14.

Newport (Reino Unido) - Os líderes da Otan encerram nesta sexta-feira a cúpula bienal no País de Gales com a aprovação de uma força de ação imediata capaz de responder a qualquer ameaça exterior em questão de dias.

Os chefes de Estado e de governo dos 28 países-membros da Aliança Atlântica concluem hoje os dois dias de reuniões na cidade galesa de Newport dominadas pela "agressão" russa contra a Ucrânia e os avanços do jihadismo no Iraque.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, assinalou ontem que essas e outras ameaças internacionais são uma prova de que a Aliança Atlântica "é tão vital para o futuro como foi para nosso passado", e elevou o tom de desaprovação dos aliados à Rússia por desestabilizar a Ucrânia.

Diante da escalada da crise ucraniana, a Otan espera dar hoje sinal verde a um plano para melhorar a defesa coletiva, que inclui a criação de uma força de ação "rápida" para ser desdobrada a curto prazo, menor que os atuais quatro dias.

Embora a composição desta força ainda não tenha sido revelada, estima-se que estará conformada por quatro mil soldados.

Rasmussen dará uma entrevista coletiva às 11h (de Brasília), que será seguida por comparecimentos individuais dos líderes participantes, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Obama chegou a Gales disposto a obter o apoio dos aliados para enfrentar a violência jihadista no Iraque.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse ontem que "não descarta" se somar aos ataques aéreos dos EUA contra posições do Estado Islâmico (EI).

"Certamente não descarto nada e sempre atuarei com o interesse nacional em mente", declarou.

No primeiro dia da cúpula, a Aliança Atlântica aprovou uma declaração na qual reitera seu compromisso com o Afeganistão e o desenvolvimento futuro de suas relações, que inclui a missão que iniciará em 1º de janeiro de 2015, que não será já de combate.

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