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Otan aprova ação naval para embargo de armas contra Líbia

Apesar do acordo, organização continua dividida sobre sua participação na zona de exclusão área no país

Navio americano que participa das operações na Líbia: Otan confirma participação pelo mar (AFP)

Navio americano que participa das operações na Líbia: Otan confirma participação pelo mar (AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2011 às 13h36.

Bruxelas - Os países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aprovaram nesta terça-feira o uso de navios para aplicar o embargo de armas sobre a Líbia, aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, informaram à Agência Efe fontes diplomáticas.

A decisão foi tomada pelos embaixadores dos 28 Estados-membros em um encontro do Conselho Atlântico, órgão executivo da Otan, que discute há dias o papel da Aliança na operação internacional na Líbia.

Segundo as mesmas fontes, os embaixadores continuam discutindo outras opções, como a possível participação na zona de exclusão aérea imposta pela coalizão liderada por Estados Unidos, França e Reino Unido.

Essa possibilidade, mais delicada dado que vários Estados-membros se mostraram críticos aos bombardeios, dividiu a Aliança Atlântica nos últimos dias.

Vários países, como Estados Unidos, Reino Unido e, especialmente, a Itália, insistem que a Otan deve assumir o comando das operações aéreas.

Segundo fontes diplomáticas, os países da Aliança já têm "consenso" sobre o plano de operações para manter a zona de exclusão aérea, mas por enquanto não tomaram nenhuma decisão sobre como executá-lo.

A Otan aprovou bloqueio marítimo para impedir a entrada de armas. O embargo de armas é uma das ações internacionais aprovadas pela ONU em resposta à repressão violenta das revoltas exercida pelo regime de Muammar Kadafi.

A partir de agora, navios da Otan se ocuparão de garantir que armas não cheguem à Líbia por via marítima.

A Aliança Atlântica já tem há dias meios navais desdobrados na zona central do Mar Mediterrâneo.

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