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Otan aborda por 2 dias crises de Ucrânia e Iraque

Os chefes de Estado e de governo da Otan realizam cúpula centrada nas crises da Ucrânia e do Iraque e na saída de suas forças do Afeganistão


	Otan: também acontecerão vários encontros bilaterais
 (©AFP / Jean-Christophe Verhaegen)

Otan: também acontecerão vários encontros bilaterais (©AFP / Jean-Christophe Verhaegen)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 09h13.

Newport - Os chefes de Estado e de governo da Otan realizam nesta quinta e sexta-feira uma cúpula centrada nas crises da Ucrânia e do Iraque e na saída de suas forças, prevista para o fim deste ano, do Afeganistão, além de dar sinal verde a um plano que reforça a defesa coletiva da Aliança Atlântica.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, é o anfitrião da cúpula, que começa às 9h (de Brasília), no 65º aniversário da organização.

Participarão os chefes de Estado e de governo dos 28 membros do clube atlântico e o secretário-geral do organismo, Anders Fogh Rasmussen.

O primeiro dia da cúpula, que acontece no país de Gales, se dedicará em boa parte a analisar a situação no Afeganistão, e ela terá a participação dos líderes das 33 nações associadas da Aliança, mais os países que conformam a missão aliada no Afeganistão (Isaf) que se encerra após 13 anos.

Os líderes aliados, reunidos em Celtic Manor, na cidade de Newport, dedicarão a sessão da tarde à reunião da Comissão OTAN-Ucrânia.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, foi convidado para as reuniões, a quem os aliados expressarão apoio diante do que consideram a agressão da Rússia em seus territórios orientais, assim como as prioridades nas reformas previstas por esse país e os passos concretos que darão para ajudar Kiev.

À noite acontecerá um jantar em que provavelmente tratarão da agressão da Rússia à Ucrânia, assim como os riscos de segurança para o sul, incluindo a instabilidade no Oriente Médio e no Norte da África, segundo fontes diplomáticas.

Também será discutida a crescente instabilidade, o aumento do extremismo e do sectarismo e a fragilidade de Estados como o Iraque.

No caso do Iraque, a Aliança não recebeu nenhum pedido para que participe das operações seletivas que os Estados Unidos lançaram no final de agosto para deter o avanço do grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

Os aliados também preveem dar sinal verde ao plano que reforça a defesa coletiva da Aliança mediante a criação de uma força de ação imediata capaz de desdobrar milhares de unidades em menos de 48 horas.

Essa força amplia em quatro mil soldados os já 14 mil militares e se integra no chamado plano de ação rápida.

Para Rasmussen, esse plano é a resposta aliada "ao agressivo comportamento da Rússia" e também permite que a Otan responda aos diferentes desafios em segurança "de onde quer que venham".

O ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, assinalou que a Otan deve se fortaceler para fazer combater as ameaças que o Ocidente encara, e pediu mais investimento em defesa aos países-membros da Aliança Atlântica.

Também acontecerão vários encontros bilaterais, como os já previstos entre Cameron e o presidente dos EUA, Barack Obama, que se reunirão hoje com Poroshenko.

Também participarão o presidente da França, François Hollande; a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro- ministro da Itália, Matteo Renzi, segundo fontes oficiais britânicas.

O encontro permitirá aos líderes escutarem "a avaliação de Poroshenko sobre a situação no terreno".

As autoridades britânicas enviaram cerca de 9.500 agentes para zelar pela segurança dos participantes do encontro, bienal, e criaram um perímetro de segurança que protege com cercas os arredores do luxuoso hotel onde se reúnem.

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