JEFF SESSIONS: o senador conservador será o novo procurador-geral / Mike Segar/ Reuters
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2016 às 17h32.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h22.
Donald Trump, o presidente americano eleito, revelou nesta sexta-feira os escolhidos para três importantes cargos de segurança, e deu mostras de querer cumprir as posições linha-dura que prometeu na campanha.
O novo procurador-geral será o senador Jeff Sessions, do Alabama. Também cotado para o cargo de secretário da Defesa, Sessions tem como marca registrada a oposição a imigrantes. Em 1986, foi indicado pelo presidente Ronald Reagan para se tornar um juiz federal, mas teve a nomeação rejeitada após ser acusado de fazer comentários racistas.
Enquanto isso, o assessor nacional de segurança será o general Michael Flynn. Embora seja democrata registrado, Flynn apoiou Trump ao longo de toda a campanha e é forte opositor do presidente Barack Obama, que o demitiu do governo em 2014.
Assim como o futuro chefe, Flynn é empreendedor – ele fundou uma empresa de consultoria -, usuário assíduo do Twitter e dono de posicionamentos controversos. O general já trabalhou para uma emissora de TV ligada ao governo russo, chegou a afirmar que o Islã é “doentio” e disse que a ex-secretária de Estado e candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, deveria ser presa.
“Estou satisfeito que Flynn estará do meu lado enquanto trabalhamos para derrotar o islamismo radical, navegar os desafios geopolíticos e manter os americanos seguros, em casa e no exterior”, disse Trump, em nota.
Mike Pompeo, deputado do Kansas e ex-oficial do exército, foi escolhido para liderar a CIA. Ele foi um dos líderes das investigações acerca dos ataques à embaixada americana em Benghazi, na Líbia.
Trump deve passar o fim de semana reunido com aliados e assessores para decidir novos nomes da equipe, e novidades são esperadas na semana que vem. São 4.000 cargos no governo, 1.500 indicados diretamente pela presidência. Um dos anúncios mais aguardados é para o secretário de Estado – a aposta é Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York, mas o ex-candidato à presidência Mitt Romney corre por fora e é o favorito dos moderados do partido.