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Os britânicos vão ter que pagar

Nesta segunda-feira, um mês após a primeira rodada de negociações, os dois lados discutem os termos da separação

Europeus: querem exigir um montante em dinheiro dos britânicos — e as discussões sobre o pagamento já provocaram um racha no governo

Europeus: querem exigir um montante em dinheiro dos britânicos — e as discussões sobre o pagamento já provocaram um racha no governo

EH

EXAME Hoje

Publicado em 16 de julho de 2017 às 21h43.

Última atualização em 17 de julho de 2017 às 08h25.

Sair da União Europeia vai ser mais difícil do que o Reino Unido pensava. Nesta segunda-feira, um mês após a primeira rodada de negociações, os dois lados se sentam novamente à mesa, para discutir os termos da separação. Os europeus querem exigir um montante em dinheiro dos britânicos — e as discussões sobre o pagamento já provocaram um racha no governo.

Em Bruxelas, a conversa vai girar em torno de dinheiro. No domingo, em comunicado enviado pelo governo ao Parlamento, pela primeira vez, os britânicos admitem a possibilidade de pagar uma quantia pelos passivos financeiros que irão deixar à União Europeia após a saída do bloco; e a estimativa é de que este valor fique em torno de 100 bilhões de euros.

Em entrevista à BBC, o ministro das Finanças, Philip Hammond, afirmou que o Reino Unido é um país que “honra suas dívidas” e afirmou que vai pagar o que for definido legalmente no processo. A postura é oposta àquela que havia sido assumida pelo ministro de Relações Exteriores, Boris Johnson, que chegou a afirmar que pagar para sair do bloco era “ridículo”, e que a União Europeia podia “esperar sentada”.

Se a economia caminhava em relativa tranquilidade até o momento, o país já começa a sinalizar sofrimento. Uma pesquisa divulgada também no domingo, pela Confederação da Indústria Britânica, mostra que 42% das empresas consideram que o Brexit prejudicou seus planos de investimentos, e pedem que o governo sinalize o quanto antes como se dará o novo acordo comercial com o resto da Europa.

A primeira ministra Theresa May, depois de uma vergonhosa derrota eleitoral em que perdeu maioria parlamentar, está pedindo que a oposição ajude mais e critique menos. Com tantas incertezas na mesa, é melhor não esperar agilidade.

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