Cauda de baleia-jubarte (Julie Larsen Maher/Divulgação)
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Publicado em 18 de dezembro de 2024 às 14h15.
As baleias, gigantes dos oceanos, habitam quase todos os mares do mundo, mas há regiões onde sua presença é especialmente marcante. Essas áreas não só abrigam grandes populações desses animais como também são fundamentais para esforços de pesquisa, turismo e conservação.
As águas geladas do Atlântico Norte, especialmente ao redor da Noruega e da Islândia, são um lar para baleias jubarte, minke e cachalotes. A Islândia, por exemplo, tornou-se referência em turismo de observação, com cidades como Husavik atraindo milhares de visitantes por ano. Apesar de sua história controversa com a caça de baleias, iniciativas como essas têm ajudado a promover a conservação. Segundo a International Whaling Commission (IWC), as águas frias e ricas em nutrientes dessa região sustentam uma alta diversidade de vida marinha.
Nos Estados Unidos, as baleias são destaque tanto na costa leste quanto na oeste. Na Califórnia, é comum avistar baleias-azuis, cinzentas e orcas durante suas migrações. Já na costa leste, na Nova Inglaterra, a rara baleia-franca-do-atlântico-norte luta para sobreviver – menos de 400 indivíduos permanecem, segundo a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA).
No Alasca, as águas ricas em plâncton e krill atraem baleias jubarte e cinzentas durante o verão. As paisagens geladas e remotas tornam essa região uma das mais espetaculares para observação, combinando natureza exuberante e biodiversidade.
O litoral brasileiro, especialmente na Bahia, é um dos destinos mais importantes para as baleias jubarte. Entre julho e novembro, o Arquipélago de Abrolhos se transforma em um santuário natural, onde esses gigantes marinhos se reproduzem e criam seus filhotes. O Instituto Baleia Jubarte, que lidera esforços de conservação na região, relata um aumento significativo nas populações desde a proibição da caça comercial no Brasil. Hoje, o turismo de observação é um dos principais motores para a economia local, além de promover a conscientização sobre a preservação da biodiversidade.
A Península Valdés, na Argentina, é reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial e serve de berçário para as baleias-francas-austrais. Entre junho e dezembro, as águas calmas da região oferecem um espetáculo único, com fêmeas dando à luz e amamentando seus filhotes. De acordo com o relatório da Whale and Dolphin Conservation (WDC), a Península Valdés é um dos locais mais importantes para a conservação dessa espécie no hemisfério sul.
A Austrália e a Nova Zelândia também se destacam pela abundância de baleias em suas costas. Hervey Bay, na Austrália, é um destino popular para observar baleias jubarte, enquanto Kaikoura, na Nova Zelândia, é famoso pela presença de cachalotes. A Tourism New Zealand afirma que a combinação de águas profundas e correntes marinhas ricas em nutrientes faz da região um ponto estratégico para alimentação de várias espécies.