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Os 6 mil passos diários de Hollande para manter a linha

Faltando pouco mais de um ano para as próximas eleições, o presidente francês decidiu investir no exercício físico


	François Hollande: faltando pouco mais de um ano para as próximas eleições, presidente francês decidiu investir no exercício físico
 (Stephane de Sakutin/AFP)

François Hollande: faltando pouco mais de um ano para as próximas eleições, presidente francês decidiu investir no exercício físico (Stephane de Sakutin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2016 às 10h52.

Paris, 2 abr - O presidente da França, François Hollande, é um reconhecido amante do esporte, especialmente de futebol, mas não tanto do exercício físico, até o ponto de se desfazer da esteira que seu filho o presentou porque não a usava nunca.

No entanto, faltando pouco mais de um ano para as próximas eleições presidenciais, Hollande decidiu combater seu desapego pela atividade física com um método, a priori, acessível: pelo menos seis mil passos por dia para manter a linha.

O remédio, que o político socialista recomendou esta semana aos franceses, foi prescrito pelo médico Michel Cymes, uma estrela do bem-estar na televisão francesa, e agora também inspirador do presidente.

"Ele examinou cada um de nós e tenho a meta de caminhar seis mil passos ao dia", contou Hollande durante uma visita ao Instituto Nacional do Esporte da França (Insep).

Esses 30 minutos diários a pé ajudariam a reduzir pela metade o número de pessoas sedentárias na França nos próximos dez anos, segundo o presidente. E, de quebra, um bom número de diagnósticos de doenças e de gastos da seguridade social.

Há cerca de um ano Hollande reconheceu seu particular desapego pelo exercício e comentou à publicação "Le Lab" que não tem tempo para exercícios e que, além disso, não achava nenhuma graça neles.

"Não é minha vida. Não porque não goste de esporte, que adoro. Não vou à academia, não faço nunca exercício muscular. Não digo que seja bom, mas sou assim", confessou o chefe de Estado.

As declarações foram feitas depois que Hollande, seguindo os conselhos da sua então companheira, Valerie Trierweiller, perdeu peso para a campanha presidencial que o levou ao Palácio do Eliseu em 2012.

Ele disputou com o conservador Nicolas Sarkozy, que sempre gostou de se deixar fotografar correndo, andando de bicicleta ou a cavalo, e na época o socialista corrigiu suas formas curvilíneas e mudou ligeiramente de estilo.

Sua aposta teve recompensa. Ele venceu Sarkozy e devolveu a presidência da França aos socialistas após 20 anos na oposição.

Mas a chefia do Estado, com uma agenda lotada de reuniões e viagens em carro oficial, fez com que voltasse aos tempos mais gordinhos.

Agora Hollande se obriga a subir os andares do Palácio do Eliseu pelas escadas, como revelou o jornal "Le Journal du Dimanche", e está usando um aplicativo que conta seus passos, um podômetro.

O presidente francês contou sua estratégia para perder peso, mas não revelou o que fará para ganhar consistência nas pesquisas de popularidade.

A última, do instituto Odoxa, o mostra com apenas 18% de aprovação, dois pontos a menos que no mês anterior, o que o coloca como o chefe de Estado europeu pior avaliado por seus cidadãos.

Se, paralelamente aos hábitos esportivos, Hollande não conseguir corrigir de algum modo seu rumo político, restarão somente 2,5 milhões de passos antes de deixar o Palácio do Eliseu, até as eleições presidenciais de 2017. 

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