Armas: Estados Unidos é o país com maior arsenal nas mãos de civis (Yegor Aleyev/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 30 de março de 2023 às 14h34.
Última atualização em 30 de março de 2023 às 14h43.
A ONG suíça Small Arms Survey estima que estejam em circulação no mundo 1 bilhão de armas. Deste total, 85% estão nas mãos de civis, 13% com militares, e 2% nas mãos de polícias locais. Os números fazem parte de um estudo feito pela entidade e refletem o ano de 2018 ⏤ dado mais recente.
A análise mostra que o estoque global de armas aumentou em uma década, em grande parte devido às propriedades civis, que cresceram de 650 milhões, em 2006, para 857 milhões, em 2017. O levantamento leva em conta armamento legal e ilegal.
"Com aquisição em média de cerca de 14 milhões de armas anualmente, o crescimento de propriedades civis nos Estados Unidos contribuem desproporcionalmente para o aumento da estoque global de armas de fogo", diz o autor e consultor sênior da Small Arms Survey, Aaron Karp, que também é professor sênior da Old Dominion University, nos Estados Unidos.
O país americano, com 4% da população mundial, é o que tem o maior arsenal de armas nas mãos de civis, com 393 milhões. O valor equivale a 40% de todas as armas em circulação no mundo. O Brasil aparece na lista em sexto lugar, com 17,5 milhões de armas em posse de pessoas comuns.
O estudo da Small Arms Survey também faz um ranking levando em conta a população de cada país, com taxa a cada 100 habitantes. Em primeiro lugar estão os Estados Unidos, com 121 armas de fogo para cada 100 pessoas, seguido do Iêmen (53), Montenegro e Sérvia (com 39 armas a cada 100 habitantes), e Canadá, com uma taxa de 34,7.
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"Os tipos de armas de fogo em posse de civis diferem consideravelmente entre as configurações. Eles podem incluir armas artesanais improvisadas, revólveres, rifles, espingardas e, em alguns países, até metralhadoras. As posses civis compreendem não apenas armas em posse de indivíduos mas também também aqueles possuídos por empresas de segurança privada, grupos armados não estatais e gangues", detalha o estudo.