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"Orgulho nacional", cervejas são destaque de feira alimentícia na Alemanha

A Alemanha produz todos os tipos da bebida: claras ou escuras, de trigo ou cevada, modernas ou fiéis às receitas mais tradicionais

Marcas de cervejas alemãs: o país é o número um na produção da bebida (Sean Gallup/GETTY IMAGES)

Marcas de cervejas alemãs: o país é o número um na produção da bebida (Sean Gallup/GETTY IMAGES)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2011 às 05h52.

Berlim - Além de seus bem-sucedidos números econômicos, sociais e esportivos, a Alemanha também se gaba de outro registro de destaque no cenário mundial: as mais de 5 mil marcas de cerveja produzidas em seu território.

Claras ou escuras, de trigo ou cevada, modernas ou fiéis às receitas mais tradicionais... somando todos os tipos de cerveja, a Alemanha é o país número um do mundo na produção da bebida.

No total, os alemães registraram 30 tipos diferentes de cerveja, que são elaboradas em 1.327 fábricas, desde as de grandes marcas às pequenas cervejarias de caráter local.

"Somos, sem dúvida, o país com a maior diversidade de cervejas do mundo. Em um cálculo conservador, podemos dizer que temos mais de 5 mil diferentes", disse à Agência Efe Marc-Olivier Huhnholz, gerente de comunicação da Associação Alemã de Fabricantes de Cerveja (DBB).

Grande parte delas são exibidas na Semana Verde de Berlim, a maior feira dos setores agropecuário e alimentício do mundo, realizada nesta semana na capital alemã e que dedica um dos 42 pavilhões da mostra, de forma exclusiva, às cervejas nacionais.

O núcleo deste espaço dedicado ao líquido dourado é ocupado pela DBB, que cobriu as paredes de seu estande com garrafas de inúmeras marcas de cerveja do país, além de cartazes publicitários de época e vários painéis com notícias referentes ao assunto.

Milhares de curiosos, em sua maioria alemães, visitam a cada dia este estande para conferir as peculiaridades de cada cerveja, ler as instruções sobre como servir de maneira ideal a bebida ou para comprar lembranças como camisas, porta-copos e tampinhas.

Dezenas de pequenos bares convidam os visitantes a experimentar as diferentes cervejas, na maioria dos casos cobrando preço.

"Algumas das cervejas mais originais que temos nessa mostra são as de temporada, de inverno e primavera, que são produzidas em algumas cervejarias muito pequenas e tradicionais, e que quase não são comercializadas", explicou o porta-voz da DBB.

Além de se destacar na produção, a Alemanha se promove também como ávida consumidora da bebida.

"Somos o segundo país do mundo em consumo de cerveja per capita, atrás apenas dos tchecos", acrescentou Huhnholz.

Segundo a DBB, enquanto um alemão ingere 100 litros de cerveja, em média, por ano, um cidadão da República Tcheca consome no mesmo período 50 litros a mais.

A feira lembra ainda que foi na Alemanha, no território que corresponde ao atual estado federado da Baviera, onde foi estabelecida a primeira lei sobre a composição da cerveja, considerada a primeira norma alimentícia do mundo.

"A lei de Pureza de 1516 foi ditada por Guilherme IV da Baviera, e estabelece que a cerveja seja elaborada apenas a partir de três ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo", afirmou Huhnholz.

O que não fica claro, entre fatos históricos e rumores infundados, é se o propósito do duque ao promulgar esta legislação era se aproveitar de seu monopólio da cevada ou acabar de uma vez com todos os oportunistas que recorriam a vários tipos de artimanhas para criar cervejas adulteradas.

"Algumas deixavam homens doentes e com fortes dores abdominais", explicou Huhnholz.

Esta lei, que segue vigente em toda a Alemanha, apesar da promulgação de normas europeias, serve para que seja obtida a denominação de "cerveja alemã".

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