Agência de Notícias
Publicado em 27 de maio de 2025 às 19h33.
Os diferentes partidos chavistas, agrupados no bloco Grande Polo Patriótico, obtiveram 5.024.475 votos nas eleições regionais e parlamentares de domingo, o que representa 83,42% do total, anunciou nesta terça-feira, 27, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
O órgão eleitoral chavista deu esse resultado “com uma transmissão das máquinas de votação correspondente a 99,88% das seções eleitorais” e indicou que o comparecimento às urnas no domingo foi de 43,18% dos “eleitores ativos”.
A Aliança Democrática - formada por partidos intervencionistas e minoritários - obteve 361.769 votos, 6,01% do total; o grupo Um Novo Tempo (UNT)-União e Mudança - com opositores distanciados da maior coalizão antichavista, a Plataforma Unitária Democrática (PUD) - recebeu 304.425 votos, 5,05%; e a Força de Vizinhança, 141.588 votos, 2,35%.
Outras organizações políticas obtiveram 181.926 votos, 3,02% do total, e 8.813 votos inválidos foram registrados, ou 0,15%, de acordo com o vice-presidente do CNE, Carlos Quintero.
Com relação ao Parlamento, o CNE informou que 282 das 285 cadeiras para deputados já foram distribuídas, das quais 253 são para o chavismo.
A Aliança Democrática conquistou 13 cadeiras; Um Novo Tempo (UNT)-União e Mudança, 11; Força de Vizinhança, quatro; e Aliança do Lápis, uma.
Quintero destacou que as três cadeiras restantes, correspondentes à representação indígena, serão eleitas no próximo domingo, assim como nove para os conselhos legislativos regionais.
Além disso, ele reiterou que, dos 24 estados do país, o chavismo governará em 23, incluindo a região de Guiana Essequiba, uma referência ao Essequibo, um território de quase 160 mil quilômetros quadrados que a Venezuela considera seu, apesar de ser controlado e administrado pela Guiana.
Apenas um estará nas mãos da oposição, o estado de Cojedes, cujo governador, o antichavista Alberto Galíndez, foi reeleito.
Essas eleições foram marcadas por uma forte rejeição da oposição, que afirma que a abstenção foi superior a 85%, e em meio a uma crise política acentuada após a prisão do ex-deputado antichavista Juan Pablo Guanipa e dezenas de outros, acusados de um suposto plano de “boicote” ao processo.
Até o momento, o CNE não divulgou os resultados desagregados dessas eleições, nem das eleições presidenciais de julho de 2024, nas quais proclamou Nicolás Maduro como vencedor, algo rejeitado pela PUD, que reivindica a vitória de seu candidato, Edmundo González Urrutia, razão pela qual decidiu não participar dessa última votação.