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Organizações étnicas de Mianmar definem plano de cessar-fogo

Minorias definiram um plano que apresentarão ao governo e com o qual esperam alcançar a paz em 2015


	Foto de arquivo mostro um campo de refugiados em Mianmar: plano foi assinado em Laiza, onde combates aumentou o número de deslocados, que superam as 100 mil pessoas
 (Soe Than Win/AFP)

Foto de arquivo mostro um campo de refugiados em Mianmar: plano foi assinado em Laiza, onde combates aumentou o número de deslocados, que superam as 100 mil pessoas (Soe Than Win/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2013 às 10h27.

Bangcoc - As principais organizações das minorias étnicas de Mianmar (antiga Birmânia) definiram neste sábado um plano de cessar-fogo que apresentarão ao governo e com o qual esperam alcançar a paz em 2015, informou a imprensa local.

O plano foi assinado em Laiza, capital do estado Kachin, onde nos últimos dias os combates entre a guerrilha kachin e o exército aumentou o número de deslocados, que superam as 100 mil pessoas.

A Organização para a Independência Kachin, responsável da guerrilha do Exército de Libertação Kachin, mostrou sua disposição a assinar o acordo.

Os grupos armados das minorias étnicas e, principalmente, o exército do Estado Unido Wa, que conta com 20 mil guerrilheiros, controlam áreas da fronteira e lucrativos negócios como o dos cassinos, madeira de teca, jade, gemas e, em alguns casos, o do tráfico de heroína e metanfetaminas.

Após quase meio século de regimes militares, Mianmar atravessa uma etapa de reformas encaminhadas para a paz e a democracia, desde que a última junta se dissolveu e entregou o poder em 2011 a um governo civil formado, em sua maioria, por ex-generais do regime anterior.

No último mês de maio, o governo assinou um cessar-fogo com a guerrilha kachin, com a qual mantinha um conflito armado desde meados de 2011, embora ambos se acusem de tê-lo quebrado e os enfrentamentos continuam.

Uma maior autonomia é a reivindicação principal de quase todas as minorias étnicas birmanesas, que incluem os shan, karen, rakhine, mon, chin e kayah, além dos kachin, e que representam mais de 30% dos 53 milhões de habitantes do país. EFE

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