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Organização pró-Brexit é multada por superar limite de gastos em referendo

A organização britânica foi multada em 95 mil dólares por superar o limite de gastos durante campanha a favor do Brexit no referendo de 2016

Brexit: a organização não declarou os serviços do americano Goddard Gunster (Yves Herman/Reuters)

Brexit: a organização não declarou os serviços do americano Goddard Gunster (Yves Herman/Reuters)

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AFP

Publicado em 11 de maio de 2018 às 09h37.

A organização britânica Leave.EU, que fez campanha a favor do Brexit no referendo de junho de 2016, foi multada nesta sexta-feira em 70.000 libras (95.000 dólares) por superar o limite de gastos, anunciou a Comissão Eleitoral.

Além disso, a organização apresentou suas contas de modo incorreto e não informou sobre três empréstimos recebidos.

A Leave.EU também não declarou os serviços do estrategista eleitoral americano Goddard Gunster.

A Comissão, no entanto, não encontrou nenhuma irregularidade entre este movimento e a empresa Cambridge Analytica (CA), acusada recentemente de coletar e usar com fins eleitorais, sem o consentimento dos envolvidos, informações pessoais de 90 milhões de usuários do Facebook.

A Comissão Eleitoral afirmou que as relações entre a entre CA e o Leave.EU não passaram de alguns contatos exploratórios.

A organização, relacionada com Nigel Farage e o empresário Arron Banks, o ex-líder do partido antieuropeu UKIP e seu principal contribuinte, respectivamente, estava autorizada a gastar 700.000 libras na campanha, mas gastou pelo menos £ 77.380 a mais que o limite.

A Leave.EU foi criada em julho de 2015 por Banks e era o segundo grupo pró-Brexit mais importante depois do Vote Leave, organização que tinha o apoio do atual ministro das Relações Exteriores, Boris Johnson.

O referendo registrou a vitória da opção por abandonar a União Europeia, algo que nunca havia acontecido na história do bloco.

Banks reagiu ao anúncio da comissão e acusou um "ataque politicamente motivado contra o Brexit e as 17,4 milhões de pessoas que desafiaram para votar a favor de um Reino Unido independente".

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