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Organização Meteorológica Mundial reduz projeção de El Niño

A redução na previsão da OMM acompanha indicações semelhantes de diversos serviços nacionais de meteorologia


	Chuva: o El Niño pode causar inundações e fortes chuvas nos EUA e na América do Sul
 (Agliberto Lima/VEJA)

Chuva: o El Niño pode causar inundações e fortes chuvas nos EUA e na América do Sul (Agliberto Lima/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 15h24.

Genebra - A Organização Meteorológica Mundial (OMM) reduziu suas estimativas para a formação do El Niño este ano em relação às chances projetadas três meses atrás e disse esperar evento de fraca intensidade caso o fenômeno ocorra, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira.

Em anos de El Niño, a superfície na região central e leste do oceano Pacífico torna-se substancialmente mais quente que o normal, um fenômeno que está fortemente ligado a alterações do clima ao redor do planeta, que pode durar um ano ou mais.

"Apesar de um aquecimento do oceano Pacífico tropical até junho, a atmosfera ao redor não sofreu alterações. Como resultado, as anomalias na temperatura do oceano ao longo da linha do Equador caíram nos últimos dois meses", disse a OMM em nota.

"As mudanças nos padrões de vento no início de agosto trouxeram algum reaquecimento fraco, mas os ventos agora retornaram para perto do normal no oeste do Pacífico, enquanto o padrão de nuvens permaneceu amplamente neutro."

A redução na previsão da OMM acompanha indicações semelhantes de diversos serviços nacionais de meteorologia.

A OMM, que reúne dados de modelos climáticos ao redor do mundo e opinião de especialistas, disse que a temperatura do oceano Pacífico pode ainda aquecer para níveis de El Niño nos próximos meses.

Os modelos climáticos agora sugerem 55 a 60 por cento de probabilidade de condições de El Niño entre setembro e novembro, chegando a até 70 por cento entre novembro e fevereiro. Mas um evento fraco parece mais provável, disse a OMM.

O El Niño pode causar inundações e fortes chuvas nos Estados Unidos e na América do Sul, e pode provocar condições de seca em Sudeste Asiático e Austrália, afetando ou beneficiando a agricultura.

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