Estudantes protestam em Santiago: eles reivindicam educação pública gratuita, uma medida que Piñera já disse não estar disposto a estabelecer (Martin Bernetti/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2012 às 09h58.
Santiago - O presidente do Chile, Sebastián Piñera, apresentou neste domingo no Congresso o projeto de lei de orçamento para o ano 2013, que inclui aumento de 1,2 bilhão de dólares para educação.
A quantia nesta área "cresce 9,4% reais e alcança 12,8 bilhões de dólares, o maior investimento em educação de nossa história", disse Piñera em uma mensagem divulgada em rede nacional.
O governo propõe aumentar o orçamento em educação "em 1,2 bilhão de dólares", e "incorporar 100% dos recursos gerados pela Reforma Tributária", recentemente aprovada no Congresso e considerada insuficiente por parte dos estudantes.
Em seus pontos principais, o ajuste tributário contempla o aumento do imposto às empresas, de 17% para 20%, uma redução dos tributos pagos pelas pessoas (físicas), assim como um aumento do imposto do tabaco.
O projeto prevê a arrecadação de 1 bilhão de dólares por ano (equivalente a 0,3% do PIB chileno), mas reformula a tabela de descontos de impostos das pessoas, para favorecer os setores de menores recursos.
O presidente afirmou que nos orçamentos de 2013, também serão prioritárias as áreas de segurança cidadã, saúde, pobreza e proteção social, inovação e empreendimento, e mais autonomia para as regiões do país.
Os estudantes chilenos exigem, desde o ano passado, uma profunda reforma do sistema educativo, herdado da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), e reivindicam educação pública gratuita, uma medida que Piñera já disse não estar disposto a estabelecer.